Esporte

Fase difícil

Publicado em 14/10/2013, às 06h31   Edson Almeida*


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Vai ser assim, no pinga-pinga e com dificuldades, agora o Brasileiro chega a uma etapa decisiva e só conquista pontos fora de casa quem realmente tem time de primeira qualidade – e este tem sido um campeonato muito equilibrado, onde o Cruzeiro disparou, criando gordura para qualquer tipo de depressão, como aconteceu nestas duas últimas rodadas, que perdeu para o São Paulo e o Atlético/MG. A fase é difícil para todos os clubes.
Estimo que Vitória e Bahia não devam correr mais riscos de rebaixamento, porque, dos dez jogos que ainda lhes faltam, precisam apenas de três vitórias para não ter que fazer mais cálculos sobre o Z-4.
É pena que o Vitória tenha os seus dois melhores jogadores – Escudero e Maxi Biancucchi no departamento médico e já não possa contar com Nino Paraíba, que só volta no próximo ano, porque, com eles, acredito que a campanha seria bem melhor. Ainda assim, sempre tendo que fazer alterações no time, O Leão soube superar o trauma de perder o clássico, encontrou dificuldades contra o Coritiba, conseguiu um triunfo de 2x1 apertado, mas muito importante, que o colocou em posição excelente, 6º lugar, com 40 pontos. Esse negócio de Libertadores não deve ser levado muito em consideração, porque Cruzeiro (59), Botafogo e Grêmio (49) e Atlético/PR (48 pontos) são os grandes favoritos. Ney Franco tem o time nas mãos e seguramente vai alcançar ainda bons resultados.
A derrota do Bahia em Goiânia, de 3x1 para o Goiás, seguramente foi fruto de certa imprevidência, depois de haver vencido o clássico como venceu, em que o tradicional adversário Vitória não entrou em campo. Achei extravagância os incontidos elogios midiáticos, dando conta de que, de repente, todo time, antes criticado até pela torcida, havia melhorado de forma irreversível, com craques em profusão, cantados em verso e prosa. Resultado: entrou morno no Serra Dourada, como quem poderia decidir o jogo quando bem quisesse e entendesse e, quando deu por fé, estava levando de 3x0 e completamente dominado pelo Goiás. 
Está bem claro que, com um grupo apenas razoável, o Bahia sempre se destaca é pela luta, pelo futebol compacto na defesa e meio-campo e contragolpes rápidos. Ocorre que, caiu na desventura de se supervalorizar, e deu no que deu. Mas Cristóvão Borges, que é um técnico competente e centrado, deve corrigir o erro desta lamentável derrota, e contra o Flamengo já apresentar o verdadeiro esquema de jogo do Tricolor. E Ney Franco encontre as soluções para seus problemas visando o difícil jogo contra o embalado Botafogo.
Por tudo isso, creio que ainda poderemos obter bons triunfos, com amplas possibilidades de se confirmar logo a nossa permancência na primeira divisão do próximo ano.

Edson Almeida* é comentarista esportivo do Galáticos na Itapoan FM

Classificação Indicativa: Livre

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