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Deliberativo do Vasco arquiva denúncia contra Campello e presidente permanece no clube

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Havia a expectativa, inclusive, de que Campello renunciasse ao cargo caso fosse mesmo alvo da sindicância  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 04/06/2019, às 15h33   Redação Galáticos Online


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Na reunião do Conselho Deliberativo do Vasco em que tudo parecia caminhar para fácil aprovação da abertura de sindicância contra o presidente do clube, Alexandre Campello, uma reviravolta se viu. Na sede náutica do Cruz-Maltino, na Lagoa, 202 votos foram à urna. Com 105 contrários e 97 a favor, o mandatário não será alvo da investigação que poderia levar a impeachment. Uma surpreendente vitória política do dirigente.

Havia a expectativa, inclusive, de que Campello renunciasse ao cargo caso fosse mesmo alvo da sindicância. Nada disso foi necessário. Embora com forte resistência externa e interna, os presentes entenderam que alterar o andamento do clube, neste momento, não seria benéfico.

Em pauta, estava a abertura ou não de sindicância para apuração da suposto prejuízo de R$ 4 milhões aos cofres do clube após Campello não honrar acordou judiciais com 200 funcionários demitidos. O presidente nega oneração às finanças do clube. Uma denúncia foi protocolada na secretaria do clube no fim do mês passado por 60 conselheiros.

De acordo com o Estatuto do Vasco, se o cargo ficar vago até a metade do mandato (22 de julho deste ano), Roberto Monteiro, presidente do Conselho Deliberativo, assume interinamente, obrigado a convocar nova eleição na casa. Mas se o cargo ficar vago depois da metade do mandato, Elói Monteiro, primeiro vice-geral de Campello, assumiria o posto principal até o fim do ano que vem, completando o mandato.

Mas Elói é do Grupo Identidade Vasco, do qual Monteiro é o líder. Após rompimento no início do mandato, o grupo virou oposição a Campello. Todo esse contexto tornou mais tensa a reunião que só teve fim quando já era início de terça-feira.

Durante a reunião, o clima acalorado, como já não é surpresa, já nas "questões de ordem", preliminares ao tema principal. Debateu-se sobre a possibilidade de se tomar empréstimo de R$10 milhões e/ou R$30, levado pela diretoria administrativa ao mesmo Conselho Deliberativo, mas que não era a pauta do dia. No fim das cotas, Monteiro transformou o tema em pauta posterior.

O discurso mais inflamado foi o de Eurico Brandão, o Euriquinho. Com suéter, gestual e oratória que lembraram os tempos mais vigorosos do recém-falecido pai, Eurico Miranda, ele afirmou não ter simpatia alguma por Campello, mas que tirá-lo do cargo, neste momento, poderia decretar "o fim do clube".

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