Esporte

As duas faces

Publicado em 15/11/2013, às 08h44   Edson Almeida*


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De um lado, o Vitória, um time que mesmo perdendo para o Cruzeiro, por 3x1, dentro de seus domínios, foi aplaudido pela torcida e pela imprensa, pelo futebol valente, determinado e bem coordenado que apresenta. Só não obteve outro resultado, porque encontrou pela frente um goleiro milagroso chamado Fábio e um time muito competente, o Cruzeiro, que acaba campeão com quatro rodadas para o final do campeonato.
De outro lado, u7m Bahia apático, sem poder de reação, que não ganha há mais de seis rodadas e que, ao ser goleado pelo Santos, no Pacaembu, por 3x0, caiu na zona de rebaixamento e tamanha é a depressão tricolor que os torcedores já estão desesperados. 
Assim é uma síntese do nosso futebol atual – e tudo isso porque, enquanto o Vitória tem trabalhado exaustivamente em busca de organização e respeito nacional, equilibrando finanças, fazendo contratações dentro de suas reais possibilidades, o grande rival continua exagerando na crença de que, pela brilhante história do passado, tudo pode e tudo faz, mas sempre repetindo erros em contratações de reforços e metodologia de desempenho administrativo.
Pior de tudo é que, enquanto o técnico rubro-negro Ney Franco administra com larga experiência e poder de mando o esquema de seu time, o do Bahia, Cristóvão Borges, parece perdido, enfrentando um verdadeiro labirinto de imprecisões e atitudes incompreensíveis, como escalar Obina ou Souza no lugar de Fernandão, que tem sido o atacante mais positivo da equipe, sendo o seu artilheiro da temporada e da Série 
O Bahia precisa superar a depressão que entrou, pois, agora, entre os quatro últimos colocados, tendo que disputar com Fluminense, Vasco, Criciúma e Coritiba quem ganha o direito de fugir à desclassificação o jeito será unir todas as forças para se recuperar.
O Bahia está pagando caro a imprevidência de não ter ouvido conselhos, porque, desde que o Brasileirão começou, a crônica séria o chamou a atenção para dizer que o seu time era fraco e fadado ao fracasso. Os dirigentes que foram destituídos não concordaram e os atuais não levaram a sério, como se o Tricolor ainda estivesse vivendo aquela fase de glórias e conquistas dos anos 70 e 80, quando era sempre favorito jogando em sua casa e ameaçador no terreno adversário. Hoje, infelizmente, é um time fraco e muito previsível em campo.
Nada de jogar a toalha, mas tudo de arregimentar forças para conseguir a recuperação.

Edson Almeida* é comentarista esportivo do Galáticos na Itapoan FM

Classificação Indicativa: Livre

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