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Vitória aprova orçamento de R$ 52 milhões para 2020; saiba o que pode compor a receita

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Entre as previsões, o Leão espera vender jogadores e avançar nas competições   |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 18/12/2019, às 12h19   Tiago Di Araujo



Na noite da última segunda-feira (16), uma reunião do Conselho Deliberativo do Esporte Clube Vitória aprovou o orçamento do clube para 2020. O previsto para o Leão no próximo é a arrecadação de R$ 52 milhões e gastos em torno de R$ 51 milhões, encerrando a temporada ainda com dinheiro em caixa.

No entanto, a proposta aprovada, que é superior aos R$ 45 milhões deste ano, depende de algumas negociações e até mesmo do desempenho do time em algumas competições. Um dos quesitos para compor a receita prevista é a venda de jogadores, e para redução de gastos, o empréstimo de outros atletas, além de controle na folha salarial, por volta dos R$ 700 mil mensais.

Negócio de atletas
Duas das negociações de jogadores que estão incluídas no orçamento é do meia Luan, que atualmente está no Palmeiras, e do atacante Neílton, que neste ano atuou pelo Internacional. No caso envolvendo o clube paulista, o atleta foi emprestado com opção de compra, o que pode render até 3 milhões de euros para o Rubro-Negro em troca de 50% dos direitos do atleta.

A questão de Neílton a situação é mais complicada. Isso porque o atacante foi um dos dispensados do Internacional ao final do Brasileirão e até o momento está sem clube. Sem condições de mantê-lo no grupo, devido ao alto salário, em torno de R$ 300 mil, o Leão busca clubes para vender o atleta.

Já para tentar enxugar a folha, o Vitória também tenta o empréstimo de alguns jogadores. É o caso do goleiro Caíque, que foi acertado com o CSA para disputa da série B do ano que vem. Antes, o clube renovou contrato até 2021. Segundo informações do repórter Anderson Matos, da Itapoan FM, a economia seria significativa já que o arqueiro atualmente ganha mais do que o próprio Martín Rodriguez, titular em praticamente todo Brasileirão em 2018.

Além dele, o outro goleiro João Gabriel e o meia Nickson são algumas das alternativas do clube para reduzir os gastos em 2020. Até o momento, não há informações sobre clubes que tenham interesse em contar com os jogadores por empréstimo.

Cotas de TV
Apesar de não ter sido detalhada na reunião toda composição do orçamento, uma das receitas que o clube terá no ano que vem são as cotas de televisão. Pelo Brasilerio da série B o valor garantido é em torno de R$ 8 milhões, em valor bruto. Já pela Copa do Nordeste, o Leão terá inicialmente R$ 2,2 milhões para fase de grupos e podendo ganhar até R$ 4,37 milhões em caso de título. Na Copa do Brasil, o valor é de R$ 535 mil pelo jogo único da primeira fase, que joga contra o Imperatriz, do Maranhão. Ao todo são R$ 10,7 milhões brutos.

Outras receitas
Em meio aos previstos R$ 52 milhões, estão também incluídas outras receitas, como arrecadção com sócios, bilheteria nos jogos, propaganda, venda de produtos licenciados e todo setor de marketing. Neste ano por exemplo, a renda líquida de bilheteria foi de apenas R$ 588 mil.

Mas, o grande destaque dos possíveis rendimentos extracampo é a abertura de uma Academia de Futebol para crianças, que será voltada também para formação de talentos. Além disso, o espaço recreativo servirá de área de lazer para sócios, mediante locação.

O ponto polêmico ficou por conta do aluguel de stands no estacionamento do Barradão para os "famosos churrasquinhos" feito pelos torcedores em dias de jogos. Essa questão, além de todas as outras, ainda serão destrinchadas antes do início das partidas no estádio.

Orçamento de anos anteriores
E se a previsão de receitas é maior do que a do ano passado, nem se compara com as dos anos anteriores, quando o Rubro-Negro disputou a primeira divisão. Em 2016, com presidência de Raimundo Viana, o Leão teve orçamento de R$ 76,6 milhões. Em 2017, com Ivã de Almeida, o valor foi de R$ 83,4 milhões.

Já em 2018, apesar do rebaixamento, foi o ano em que o clube teve o maior orçamento, em torno de R$ 102,5 milhões. Após a queda, a previsão foi cortada mais que a metade depois de duas rejeições do Conselho Deliberativo. Na primeira proposta, o presidente tentou orçamento de R$ 72 milhões e na segunda de R$ 56 milhões, ambos recusadas.

Classificação Indicativa: Livre

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