A nossa estreia na Copa do Nordeste trouxe uma combinação de três golpes que nos levaram a um nocaute preocupante. Três golpes fatais. Com o Vitória da Conquista, no sábado (3x2 para o Santa Cruz), com o Bahia na tarde do domingo (4x1 para o CSA) e com o Vitória no início da noite (3x0 para o América/RN). Dez gols sofridos, apenas três marcados, nenhum ponto em nove disputados. Que vergonha!
Foi desolador ver o Bahia, de proposta nova e de tantas esperanças, cair de forma inapelável para o modesto CSA, que teve momentos de domínio tão absoluto, que até deu “olé”, apequenando o nosso grande bicampeão brasileiro.
Pior do que isso, foi assistir o desastre do Vitória, diante do América/RN, porque nem teve a justificativa de estar jogando fora de seus domínios, como aconteceu com o arquirrival, que fez feio lá no Rei Pelé. O Leão levou uma comprometedora surra dentro de seu santuário, justo no dia da despedida, pois passará a mandar jogos em Pituaçu enquanto a FIFA estiver utilizado o Barradão.
Foi doloroso testemunhar nossas duas grandes forças envolvidas de tantos erros, tantas fragilidades e tanta apatia. Há derrotas que o sujeito pode até questionar, achando que foi infelicidade. Ou que já eram até esperadas, como foi o caso do Conquista lá em Pernambuco. Mas as do Bahia e Vitória deixaram uma profunda marca de desconfiança e insatisfação entre os torcedores, duríssimos golpes para o cronista que gostaria de vê-los iniciando bem a temporada.
As justificativas apresentadas pela maioria dos jogadores e até mesmo profissionais da Comissão Técnica e dirigentes, são incipientes, não chegando a convencer os que tiveram de suportar no estádio ou pela TV atuações pífias, falta de entrosamento, incapacidade técnica e domínio adversário.
Sabem de uma coisa? Na verdade, tanto o Vitória quanto o Bahia mereciam perder de mais. É prudente não vacilar nas próximas rodadas, porque qualquer deslize agora poderá levar à repetição da competição de 2013, quando tricolores e rubro-negros foram alijados prematuramente.
Edson Almeida* é comentarista esportivo do Galáticos, na Itapoan FM
