Ex de Wesley Pionteck diz que jogador justifica agressão com sexismo e não se arrepende

A ex-namorada do Wesley Pionteck, contratado para atuar no Esporte Clube Vitória, respondeu, em petição apresentada nesta terça-feira (16), à peça de contestação enviada pela defesa do atleta na ação que trata do pedido de indenização por danos morais no valor de R$ 500 mil.

De acordo com ela, o jogador se utiliza de argumentos sexistas para justificar a agressão cometida, afirmando que uma das motivações foi a ‘perda de afeto', e não demonstra arrependimento em nenhum momento, nem após ser condenado a um ano e quatro meses pelos crimes de lesão corporal e ameaça.

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Na resposta à contestação, a mulher afirmou que “o processo criminal não surtiu qualquer efeito na personalidade agressora do réu, que claramente não se arrepende da agressão praticada e embasado em argumentos fundados em uma cultura de submissão sexista adotada pelos homens em detrimento das mulheres”.

Ainda segundo ela, a perda de afeto da qual Wesley se referiu deve-se, principalmente, “ às inúmeras agressões que sofrera no decorrer do relacionamento, que vale ressaltar, mostrou-se extremamente abusivo por parte do réu”. 

Na contestação, o jogador afirmou que a vítima preferia a companhia de amigos à dele. Quanto a isso, ela respondeu: “Os referidos argumentos (...) só demonstram o quanto ainda é doentia a personalidade do réu, que pensa ter o controle absoluto da vida da mulher com quem se relaciona, decidindo como a personalidade dela deve ser moldada para que esteja a seu agrado”.

E continuou: “Ademais, a suposta falta de afeto por parte da requerente à pessoa do requerido, jamais poderia ter sido utilizada como justificativa para que este agredisse a autora da forma cruel que o fez, por qualquer motivo que fosse, bastaria romper o relacionamento”.

Perda da guarda
Na contestação, Wesley Pionteck afirmou que a perda da guarda da filha da vítima se deu em razão de uma denúncia de tráfico de drogas feita pelo ex-marido dela, pai da criança. No entanto, em petição apresentada nesta terça-feira (16), a mulher reforçou que o episódio se deu exclusivamente como consequência das agressões provocadas pelo jogador e que o boletim de ocorrência apresentado contra ela é, na verdade, baseado em acusações falsas.

“Vale ressaltar que o motivo da perda efetiva da guarda, seria a juntada de um Boletim de Ocorrência, contendo denúncia falsa de tráfico de drogas, pelo requerido daqueles autos, já em fase recursal, o que culminou efetivamente para a perda da guarda”, escreveu.

Ao final, nos pedidos, a mulher reforçou a necessidade de condenação por danos morais sofridos em razão da violência doméstica praticada por Wesley Pionteck contra ela. “Por todo o exposto, requer-se a total procedência dos pedidos formulados na inicial e diante a falta de arrependimento da conduta do réu requer-se a condenação em seu grau máximo”, concluiu.