Insatisfeitos com o presidente, membros da diretoria do Colo Colo renunciam em massa; entenda

O Colo Colo vive a pior crise de sua história. Ainda sem data prevista para iniciar a disputa da Série B 2021, prioridade da temporada, o clube segue sem norte para montar o plantel que disputará a competição. No ano passado, por conta da crise financeira agravada pela pandemia do coronavírus, a maioria dos participantes recorreram às parcerias com agremiações da elite estadual para montar seus elencos e comissões técnicas no ano passado. É o caso do time de Ilhéus, que por meio do seu vice-presidente José Carlos de Oliveira, o Zé Cacá, costurou uma parceria com o Doce Mel, após ter desistido de participar da edição de 2019. 

A parceria deu tão certo que o clube, que contou com nove atletas da equipe de Ipiaú, chegou à final da competição, porém, perdeu nos pênaltis para o Unirb e deixou escapar a chance de retornar à elite do futebol Baiano.

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No entanto, aqui na Bahia, em time que está ganhando se mexe sim. Por conta de divergências com o atual presidente da agremiação, Luiz Márcio Oliveira de Carvalho, nove membros da diretoria renunciaram ao cargo nesta terça-feira (30). Entre eles, estão o vice-presidente da equipe, dois membros do Conselho Fiscal e oito do Conselho Deliberativo.

Por meio de nota, os membros informaram que a decisão partiu de ordem pessoal e por conta dos desmandos no comando do clube. A nota também acrescenta que os momebros deixaram o cargo três anos antes do término do atual ciclo no clube, que era até janeiro de 2024.

Crise financeira

Em 2016, após uma parceria fechada com a CVL ALPHA SPORT o então presidente Raimundo Borges reconheceu o mal negócio que fez e tornou público a irresponsabilidade da empresa gestora com a equipe. A ALPHA SPORT como é mais conhecida pelos torcedores ilheenses, chegou vomitando fortuna e impondo ações que nunca passaram de palavras vazias.

Seis meses depois desta parceria, o Colo Colo se tornou um time desacreditado na série B do Campeonato Baiano, sem sede, sem imóvel, praticamente sem sócio torcedor contribuinte e muito menos dinheiro em caixa, sem crédito na praça, muitos débitos e sem condições alguma de sanar. 

História 

Colo Colo de Futebol e Regatas é uma agremiação esportiva da cidade de Ilhéus, no estado da Bahia, fundada em 3 de abril de 1948. Foi criado por um grupo de desportistas liderado por Airton Adami para disputar a semana inglesa, competição que aos sábados lotava o Estádio Mário Pessoa, então um dos maiores do País. A semana inglesa era um torneio promovido pelo sindicato dos comerciantes que se realizava somente nas tardes de sábados com os portões do estádio abertos.
A primeira diretoria foi composta por: Airton Adami, Silvio Silva, Ivan Lelis da Mata, José Alves Barreto, Cláudio Silveira e Júlio Rodolfo Vieira. Ao longo da sua história, o Colo Colo já teve oportunidades de disputar partidas com grandes nomes do futebol nacional, principalmente com o Flamengo.

O primeiro título veio em 1953 como campeão ilheense. De 1958 a 1961 o Tigre conquistou o tetracampeonato amador ilheense. Em 1967, o Colo Colo participou pela primeira vez do campeonato baiano de futebol profissional, armando um de seus melhores times, com destaque para Miltinho Simões, que chegou a marcar 5 gols em um só jogo. Porém, em 1969, voltou à categoria de amador. Em 1997, foi campeão municipal e, em 1998, disputou a Copa da Bahia. Em 1999, o Tigre sagrou-se campeão da Segunda Divisão, voltando à elite do futebol baiano. Mas, foi em 2006 que conseguiu seu grande trunfo sendo campeão baiano de futebol profissional – um título inédito, quebrando uma hegemonia de quatro anos de domínio da dupla Ba-Vi.

Na Copa do Brasil de 2007, o Tigre defrontou-se com o Atlético Mineiro, em 14 de fevereiro, no Estádio Mário Pessoa, perdendo por 3×1, ficando precocemente eliminado, em jogo com fortes chuvas, resultando num campo em estado precário para a realização do jogo.