Esporte
Publicado em 05/09/2021, às 16h24 Henrique Brinco
Por descumprimentos de protocolos sanitários por parte de quatro jogadores da Argentina, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) interferiu no clássico contra o Brasil e interrompeu o jogo na tarde deste domingo (5). O time argentino deixou o local e já está no vestiário. Mais cedo, a agência afirmou que os jogadores Emiliano Martinez, Emiliano Buendia, Giovani Lo Celso e Cristian Romero entraram de forma irregular no país. Integrantes do órgão entraram em campo ao lado de agentes da Polícia Federal.
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Em virtude das informações de que os quatro jogadores ingressaram descumprindo as regras sanitárias do país, ao supostamente declararem, em formulário oficial da autoridade sanitária brasileira, informações falsas, a Anvisa anunciou em nota que se reuniu com representantes do Ministério da Saúde e com a Coordenação de Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo neste sábado (4).
O diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, disse que os jogadores da Argentina descumpriram o "regramento sanitário do país". "Esses quatro jogadores precisam ser deportados do Brasil", disse em entrevista a Galvão Bueno, na TV Globo. Liberar o jogo seria "absurdo", afirmou.
De acordo com o repórter Eric Faria, da TV Globo, Messi e o técnico Lionel Scaloni questionaram aos brasileiros: "Por que não autuaram antes? Por que deixaram entrar em campo?"
Entenda o caso
Após reunião com as autoridades em saúde, confirmou-se, após consulta dos passaportes dos envolvidos, que os atletas descumpriram regra para entrada de viajantes em solo brasileiro, prevista na Portaria Interministerial nº 655, de 2021, a qual prevê que viajantes estrangeiros que tenham passagem, nos últimos 14 dias, pelo Reino Unido, África do Sul, Irlanda do Norte e Índia, estão impedidos de ingressar no Brasil.
Eles não vão poder disputar partida contra o Brasil pelas Eliminatórias da Copa. "Os jogadores em questão declararam não ter passagem por nenhum dos 4 países com restrições nos últimos 14 dias. Os viajantes chegaram ao Brasil em voo de Caracas/Venezuela com destino a Guarulhos. Porém, notícias não oficiais chegaram à Anvisa dando conta de supostas declarações falsas prestadas por tais viajantes. Ante a notícia, a Anvisa notificou de imediato o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde Nacional (CIEVS/MS), que coordena a rede CIEVS, responsável pela investigação epidemiológica junto ao estado de São Paulo e ao município de Guarulhos, para que o caso fosse investigado e rastreado", declarou a agência.
"Diante da confirmação de que as informações prestadas pelos viajantes eram falsas, a Anvisa esclarece que já comunicou o fato à Polícia Federal, a fim de que as providências no âmbito da autoridade policial sejam adotadas imediatamente. Há notório descumprimento da Portaria Interministerial nº 655/2021 e às normas de controle imigratório brasileiro", ressalta.
A Anvisa finaliza dizendo que "considera a situação risco sanitário grave, e por isso orientou às autoridades em saúde locais a determinarem a imediata quarentena dos jogadores, que estão impedidos de participar de qualquer atividade e devem ser impedidos de permanecer em território brasileiro, nos termos do art. 11, da Lei Federal nº 6437/77".
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