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Filho de Tite curte postagens de Maurício Souza e causa incômodo na CBF

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Matheus Bachi é auxiliar da seleção brasileira   |   Bnews - Divulgação Reprodução / CBF TV

Publicado em 29/10/2021, às 17h54   Folhapress


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A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e Tite repudiaram nesta sexta-feira (29) o comportamento de Matheus Bachi, 32, auxiliar da seleção brasileira e filho do técnico, nas redes sociais.

O profissional curtiu no Instagram uma série de postagens com conteúdos contra os movimentos feminista e LGBTQIA+, além de críticas à imprensa profissional. O filho do treinador, inclusive, interagiu com postagens de Maurício Souza, jogador de vôlei que teve o seu contrato com o Minas Tênis Clube rescindido por publicar posts homofóbicos –até às 13h15 desta sexta, o atleta tem 1,3 milhão de seguidores. Antes da polêmica ganhar o noticiário, o central tinha pouco mais de 500 mil contas adeptas.

Outra postagem curtida por Matheus Bachi é a da notícia da absolvição de um homem acusado de estuprar a influencer Mariana Ferrer, em Santa Catarina. A legenda da imagem traz a seguinte frase: "Ela recorreu e tomou pau de novo". Outros posts curtidos pelo auxiliar trazem conteúdos contra o isolamento social, apoio às armas e que defendem o fechamento do STF (Supremo Tribunal Federal), que é inconstitucional.

Ao jornal O Globo, a CBF afirmou que "tomou conhecimento dos fatos e conversou diretamente com o funcionário citado, que reconheceu seu erro ao curtir o post, pois não compartilha de tal opinião".

" A Confederação reforça seu compromisso com um futebol livre de qualquer preconceito ou discriminação", afirmou em outro trecho do comunicado.

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Procurada pela reportagem, a entidade não respondeu os questionamentos até a publicação deste texto.

Nesta sexta, durante a convocação da seleção brasileira para os duelos contra Colômbia e Argentina, nos dias 11 e 16 de novembro, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022, Tite foi questionado sobre o comportamento do filho . Ele manifestou apoio ao posicionamento da CBF.

"Todo preconceito não deve existir. Estamos em processo de igualdade, cor, raça, sexo. Quem pode olhar na sequência o que foi manifestado pela entidade pode ter um complemento em cima da pergunta", disse o treinador.

Juninho Paulista, coordenador de seleções, também se manifestou sobre o tema e reforçou o comunicado da entidade. "A CBF soltou ontem um comunicado e isso retrata bem aquilo que a gente pensa. Diz assim: 'todos iguais'. E realmente é aquilo que a gente pensa. A CBF faz campanha já há mais de uma década em relação a isso, defende o esporte solidário, então, cores, origens, crenças, gêneros, ou condições físicas... isso não tem que existir. É da maneira que a gente pensa", afirmou.

Vale lembrar que um dos motivos que levaram à demissão de Maurício Souza do Minas Tênis Clube foi a pressão de patrocinadores, entre eles a Fiat, que também patrocina a seleção. Em nota sobre o caso do jogador de vôlei, a montadora repudiou "toda e qualquer expressão de cunho homofóbico, considerando inaceitáveis as manifestações movidas por preconceito".

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