José Maria Marin ainda não completou três meses no comando da CBF, mas sua marca já está sendo sentida nos altos escalões da entidade. Figuras menos conhecidas dos torcedores, mas muito poderosas, estão na mira do novo presidente. A bola da vez é o diretor de competições Virgilio Elísio.
Aliado antigo de Ricardo Teixeira, o dirigente baiano controla há muitos anos todos os torneios organizados pela CBF, posição que lhe dá enorme poder. Pois a mudança de comando deixou Elísio em situação delicada. Marin revelou a aliados que está muito irritado com o diretor, e pode cortar sua cabeça a qualquer momento.
O presidente ainda segundo esses aliados, já não via com bons olhos por não querer que Elísio crie um feudo na entidade. E a situação do baiano ficou praticamente insustentável por causa de um guia do Campeonato Brasileiro de 2012 que foi publicado pela CBF. O tal guia foi obra de Elísio que se encarregou de produzi-lo e distribuí-lo sem consultar os departamentos de marketing e de comunicação da entidade – muito menos o próprio Marin.
O fato de o guia não mencionar Andrés Sanchez, diretor de seleções, também irritou o dirigente, que tem se esforçado para mostrar que sua relação com o ex-presidente do Corinthians são boas. Amigos e correligionários de Marin conta que ele considera que Elísio cometeu um pecado mortal: a quebra de hierarquia.
Desde que assumiu o comando do futebol brasileiro, Marin tem feito uma “limpeza” na CBF, com a demissão de vários funcionários, muitos deles ligados a Marco Antônio Teixeira, ex-secretário-geral da entidade e tio de Ricardo Teixeira.
Fonte: Estado de S. Paulo
