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Brasil arrasa Espanha e é tetra das Confederações

Imagem Brasil arrasa Espanha e é tetra das Confederações
O Campeão voltou! A amarelinha, sob o comando de Felipão, jogou uma partida de gala  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 30/06/2013, às 20h48   Redação Bocão News (@bocaonews)


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O campeão voltou! Este foi o mantra do Maracanã na noite deste domingo (30), no aniversário de 11 anos do pentacampeonato mundial. E mais um título para a vasta coleção brasileira: o tetra da Copa das Confederações. Com um jogo perfeito, a seleção destruiu a Espanha de Iniesta e Xavi e aplicou um belo 3 x 0 para chocar o mundo.
A goleada foi a segunda pior derrota da história do confronto, uma vez que o pior foi o 6 x 1 aplicado no mesmo Maraca em 1950. A Seleção permanece a maior vencedora da história do torneio e ganha os braços do povo, com um sistema de jogo de pressão absoluta e dedicação tática que surpreenderam diante do perfil conservador do treinador Felipão.
A final começou com um roteiro inacreditável que nem o mais otimista torcedor imaginaria. Após lançamento na área, Neymar e Fred se batem com a zaga espanhola e o atacante do Fluminense se enrosca com a bola e o goleiro Casillas, mas percebe a redonda livre na sua frente e, mesmo deitado, manda para o fundo das redes. A torcida delira e o time inteiro corre para os braços do público em êxtase com o gol relâmpago, a 1min.
Depois disto, a Espanha claramente sentiu a pressão e viu passivamente a Seleção Brasileira pressionar de maneira como normalmente seriam os ibéricos a fazer. Atarantados, erravam passes, eram desarmados e assistiam a um baile brasileiro, para enlouquecer a torcida. Neste período, diversas chances de gol foram criadas, mas o último passe falhava ou a conclusão não era perfeita. Entretanto, o jogo parecia sob controle e o Brasil chegou a ter 56% de posse de bola, contra 44% dos campeões europeus e do mundo.
Apenas um erro foi cometido ao longo do primeiro tempo. Aos 35min, uma saída errada deixou a bola para um contra-ataque nos pés de Iniesta, que viu Xavi livre na direita. O meia se postou ante Júlio César e chutou de esquerda para o gol certo, mas o zagueiro David Luiz, gigante, tirou quase debaixo da linha e terminou de cair nas graças da torcida, que gritava o seu nome com 70 mil vozes.
Aos 43min, nova troca de passes brasileira deixou Fred, Neymar e Oscar na entrada da grande área e o armador do Chelsea esperou o craque do Barça voltar do impedimento e deu um passe preciso. Neymar dominou, carregou a bola e fuzilou Casillas de esquerda, em um golaço que fez o Maracanã desabar. Aos 47min, a Seleção foi para os vestiários nos braços do povo. Dava medo do segundo tempo.
Mas não houve tempo para drama. Aos 2min, o ataque mortal do Brasil voltou a entrar em cena e Neymar serviu Fred, que meteu de chapa e deixou Casillas na saudade. A fábula brasileira ainda ganharia mais um capítulo com um pênalti aos 9min cometido por Marcelo em Jesus Navas. Porém, o zagueiro Sergio Ramos cobrou para fora e ajudou a aumentar o sonho vívido que a torcida via ao vivo no estádio. 
Até o final do jogo, o time e a torcida viveram juntos a fábula de colocar o melhor time do mundo na roda, com direito a canções, hino nacional, gritos de olé e defesas espetaculares de Julio Cesar. Foi apenas, no tic-tac brasileiro, esperar o árbitro apontar o centro do campo e confirmar o tetra das Confederações com uma exibição de gala.

FICHA TÉCNICA
BRASIL 3 X 0 ESPANHA


Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Data e hora: 30/6/2013, às 19h
Árbitro: Bjorn Kuipers (HOL)
Assistentes: Sander Van Roekel (HOL) e Erwin Zeinstra (HOL)
Público: 73.531 presentes
Cartões amarelos: Arbeloa, Sergio Ramos (ESP)
Cartão vermelho: Piqué (ESP)
Gols: Fred, aos 2'/1ºT; Neymar, aos 44'/1ºT; Fred, aos 2'/2ºT

BRASIL: Julio Cesar; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho (Hernanes - 42'/2ºT) e Oscar; Hulk (Jadson - 27'/2ºT), Neymar e Fred (Jô - 34'/2ºT). Técnico: Felipão

ESPANHA: Casillas, Arbeloa (Azpilicueta - intervalo), Piqué, Sergio Ramos e Alba; Busquets, Xavi, Iniesta e Mata (Jesús Navas - 7'/2ºT); Pedro e Fernando Torres (David Villa - 13'/2ºT). Técnico: Vicente Del Bosque

Classificação Indicativa: Livre

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