A profusão de assaltos que o Esporte Clube Bahia sofre nas proximidades do Fazendão e também dentro do próprio CT preocupam a diretoria e, além disto, dão motivos adicionais para que os novos administradores do clube tenham dores de cabeça. Uma série de roubos que atletas da base vêm sofrendo fazem com que as promessas desejem deixar o Tricolor.
Um deles já cumpriu a promessa e foi embora do Bahia. Luan Ferreira, meia-atacante de 17 anos, chegava ao CT com outros dois colegas do time júnior. Foram assaltados e o meia teve uma arma apontada para a cabeça. Com o trauma, a família pediu que abandonasse o clube e assim Luan o fez.
“Não tenho condições de jogar lá.Estou em casa e minha mãe não quer mais que eu jogue bola. Peguei um trauma com a situação”, disse ao Lancenet. De acordo com o atleta, o Fazendão tem muros baixos e diversos buracos na estrutura que permitem invasões. “Outros jogadores também foram roubados. A gente conversou com o pessoal do clube, e não fizeram nada para mudar isso”.
O administrador atual da base tricolor, Miguel Kertzman, critica a postura do jogador e diz que seus colegas não deixaram o time. Para ele, há inconsistência no relato e que Luan usou a desculpa do assalto para deixar o time porque já o planejara fazer anteriormente. O advogado diz também que há segurança privada no Fazendão e que há pessoas maldosas em todos os lugares. “Não importa o tamanho do muro. As pessoas pulavam até o Muro de Berlim”.
Ano passado, três outros jovens atletas tricolores foram rendidos por bandidos dentro do CT. Eles ficaram apenas de cueca e tiveram os pertences levados pelos assaltantes. Já em setembro, ladrões invadiram o Fazendão e roubaram materiais da sala de imprensa do clube.
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