Esporte

Vice-presidente da FBF assume “equívoco” em caso da mala preta

Publicado em 05/12/2013, às 08h12   Leonardo Santana (Twitter: @leosouzasantana)


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O caso conhecido como a “mala preta” da 2ª divisão do futebol baiano ainda deve render muito pano para a manga. Na segunda-feira (2), uma informação oficial passada de forma incorreta pela Federação Bahiana de Futebol (FBF) ao Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) poderia ter influenciado na decisão dos auditores da 1ª Comissão Disciplinar que são responsáveis pelo polêmico julgamento.

Através de um documento, o TJD solicitou à FBF informações concretas sobre o Camaçari, na disputa da última rodada do campeonato da 2ª divisão. O Tribunal questionou se o clube camaçariense dependia somente dele próprio para se classificar. A resposta da entidade baiana, em documento assinado pelo vice-presidente e assessor jurídico, Manfredo Lessa Pinto, foi não. No entanto, a avaliação foi feita de forma incorreta, já que o Camaçari dependia apenas de si próprio para avançar na competição estadual.

Em entrevista exclusiva ao Galáticos Online, Manfredo Lessa assumiu o erro e esclareceu a situação. “Na realidade foi o seguinte. Foi concluído o inquérito e o presidente do Tribunal solicitou que a Federação Bahiana de Futebol respondesse a duas questões e encaminhasse o regulamento da 2ª divisão do Campeonato Baiano. Como o tempo acabou ficando curto, e fui informando no sábado que o julgamento seria na segunda-feira, fiz a resposta e acabei cometendo um equívoco, quando depois fui me certificar que ele [o Camaçari] dependeria apenas dele”, disse.

“Com um placar de seis gols de diferença o Camaçari estaria classificado para a fase semifinal”, completou Lessa, reconhecendo o erro. O dirigente da FBF revelou ainda qual será o próximo passo a ser tomado. “Vou fazer um novo ofício através da assessoria jurídica me desculpando pelo equívoco e repassando a informação correta”, finalizou.

Entenda o caso

O Camaçari, no dia 29/06/2013, entrou em campo já sabendo do resultado da última partida da Catuense, que havia se despedido da competição desde o dia 16/06/2013 vencendo o Ypiranga por 1 a 0, 13 dias antes de Camaçari x Ipitanga. Diante disso, o Camaçari só dependia dele próprio para avançar às semifinais, em campo, na partida contra o Ipitanga. Para isso, precisaria fazer um saldo de seis gols na última partida, o que poderia ter ocorrido, não fosse o “cai cai” de jogadores em campo. Com mais dois gols na partida para ultrapassar a Catuense, que não jogava mais.

Aos 12 minutos do segundo tempo, quando a partida foi encerrada por falta de jogadores do Ipitanga em campo, o Camaçari vencia o Ipitanga pelo placar de 4 a 0. Faltavam mais 33 minutos para o encerramento normal do jogo.

A Catuense jogou antes a sua última partida e, portanto era a Catuense quem precisava de outros resultados, pois não entraria mais em campo na primeira fase da 2ª divisão. Sua participação já havia se encerrado com a vitória diante do Ypiranga, que deixou a Catuense com 13 pontos ganhos, 4 vitórias e saldo de 1 gol. O Camaçari, com o placar de 4 a 0 em sua última partida, encerrou o campeonato com 13 pontos, 4 vitórias e saldo negativo de 1 gol. Com mais dois em seu favor, o Camaçari eliminaria a Catuense e estaria na disputa da semifinal do campeonato, lutando pelo acesso contra o Itabuna, porém foi a Catuense quem se beneficiou com o resultado do “cai cai” e garantiu a vaga mesmo sem jogar.

Publicada no dia 4 de dezembro de 2013, às 17h55

Classificação Indicativa: Livre

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