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MGF desafia diretoria do Bahia e promete processos

Imagem MGF desafia diretoria do Bahia e promete processos
Ex-presidente espera que decisão da Justiça devolva a ele o posto de mandatário  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 15/01/2014, às 06h07   Alessandro Isabel (Twitter @alesandroisabel)


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O presidente destituído do Bahia, Marcelo Guimarães Filho (MGF), cobra da atual diretoria do clube - atualmente gerenciada por Fernando Schmidt - provas que comprovem todas as denúncias feitas contra a sua gestão – entre 2009 e junho de 2013 até ser retirado por força de uma liminar.

Em entrevista concedida, na tarde desta terça-feira (14), o ex-mandatário Tricolor respondeu aos questionamentos do diretor administrativo do clube, Reub Celestino, que em entrevista ao programa Os Donos da Bola (Band) afirmou que a transação envolvendo MGF e a OAS para a construção da Cidade Tricolor deixou uma dívida para o clube.

“Na reunião o conselho aprovou a proposta do novo CT (Centro de Treinamento). As empresas credenciadas pela Caixa Econômica Federal avaliaram o Fazendão – com 120 mil m2 – ao valor de R$ 14 milhões e a área de 300 mil m2 em Dias D’Ávila por R$ 18 milhões, incluindo a construção da Cidade Tricolor. Portanto, o Bahia deve R$ 4 milhões a OAS, algo que foi aprovado pelo conselho, que inclusive contou com a assinatura em ATA do pai de Valton Pessoa, atual vice-presidente do Bahia”, explicou MGF.

Sobre as denúncias publicadas no jornal A Tarde que fazem referências as reformas (drenagem, irrigação, plantio de grama, escavação, terraplanagem) dos campos localizados dentro do Fazendão e que, segundo o gerente operacional do clube, Claus Dieter, nunca foram feitas, MGF garante que todo o serviço foi executado e que vai processar Dieter pela afirmação.

“Estou cansado dessas acusações levianas e sem provas. Estou aqui me defendendo de algo que nem provas eles conseguem apresentar. Quero ver as provas. Estou com as minhas em mãos e quero ver a deles. Quando eles irão apresentar? Vou processar cada um que levanta acusações infundadas e sem provas”, questionou.

MGF também falou sobre as denúncias que envolvem a antecipação de valores referentes às transmissões de jogos. Segundo ele, a atual diretoria já recolheu R$ 16 milhões referentes a temporada de 2014, algo que ele “pode provar” que não fez.

Ele garante que ainda luta na Justiça para retornar ao posto de presidente e, caso volte, não só fica à frente do clube até dezembro de 2014. MGF garantiu que – se a Justiça devolvê-lo ao posto -, vai manter o estatuto aprovado, à época pelo interventor Carlos Ratis, que garante o voto da torcida.

“Sempre tive uma vida antes de ser presidente e continuo mantendo. Não preciso do Bahia para viver, só acho que a forma como fui afastado errada. Tive erros, como qualquer diretor, mas tive acertos que não são falados”, disse ao relembrar que recebeu o clube em 2009 avaliado em R$ 9 milhões e entregou o Bahia na série A com R$ 70 milhões.

Sobre possíveis ameaças que ele vem sofrendo por parte da torcida insatisfeita com a gestão, MGF garante que não mudou a rotina. “Eu ando nas ruas e nunca fui agredido, pelo contrário, os torcedores me param e falamos sobre o clube”. 


Publicada no dia 14 de janeiro de 2014, às 13h22

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