Ronaldo Passos destaca profissionalismo dos jogadores em 1988

Publicado em 19/02/2014, às 19h32 Leonardo Santana (Twitter: @leosouzasantana)

Goleiro do Bahia em uma das conquistas mais importantes da história do clube, Ronaldo Passos também está presente na homenagem ao título brasileiro de 1988 realizado na tarde desta quarta-feira (19), na Arena Fonte Nova. O arqueiro fez questão de exaltar os companheiros da época e lembrou que a maioria dos jogadores do Esquadrão eram baianos.

“Muito importante, acho que tem que comemorar sempre. É um título difícil de conquistar, principalmente no Nordeste. Bahia era tido como azarão naquele ano com jogadores desconhecidos que futuramente chegaram à seleção brasileira como Bobô, Charles, Zé Carlos. Então mostramos que o futebol do Nordeste tem força e o mais importante é que naquele grupo nós tínhamos 80% dos jogadores baianos, inclusive, jogadores de Salvador como eu, Zé Carlos, João Marcelo, Claudir, Tarantini, Charles. Isso é um modelo que tem que ser seguido no futebol moderno também”, contou o ex-jogador.

Ronaldo Passos destacou ainda o profissionalismo do grupo do Bahia em 1988. “Futebol não tem segredo, é competividade, responsabilidade, é o cidadão ser atleta. Lembro que ganhamos o campeonato no domingo e jogaríamos na terça-feira em Porto Alegre na Libertadores. Após o título brasileiro, que terminou às dezenove horas, dez e meia da noite estávamos todos dormindo sem ninguém obrigar, para ganharmos do Inter lá dentro por dois a um e demos uma largada boa na Libertadores. Isso é responsabilidade, isso é profissionalismo. Então hoje se fala muita bobagem em relação ao futebol, fórmulas mirabolantes, esquemas táticos absurdos, futebol não tem modificação, a bola é igual, o campo é igual, só resta ter pessoas capazes para gerir o futebol”, finalizou Ronaldo Passos.

*Com informações do repórter Marcos Valença

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