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Brecha na Justiça abre caminho para amigos de Robinho serem julgados por estupro na Itália; entenda

Divulgação/Atlético Mineiro
Robinho foi condenado a nove anos de prisão por um estupro cometido na Itália  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Atlético Mineiro
Marcelo Ramos

por Marcelo Ramos

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Publicado em 05/10/2023, às 06h43


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Uma brecha na Justiça italiana abriu margem para que os quatro amigos do Robinho que foram denunciados por estupro com o ex-jogador sejam processados em Milão mesmo na ausência do recebimento oficial da notificação. O caso de Rudney Gomes, Clayton Santos, Alexsandro da Silva e Fabio Galan está suspenso desde 2016 porque eles nunca receberam a documentação quando a investigação foi finalizada. As informações são do Uol.

De acordo com a reportagem, uma decisão do Tribunal Constitucional italiano de 27 de setembro deste ano permite que um processo prossiga mesmo na ausência formal da notificação. A premissa é que os acusados, informalmente, teriam tomado conhecimento do caso em questão.

No caso dos amigos de Robinho, escutas da polícia italiana trazem conversas dos amigos sobre o caso, confirmando que eles tiveram, em algum momento, conhecimento de que o caso estava sendo investigado.

Antes dessa brecha ser utilizada, porém, o Ministério Público de Milão ainda precisa indicar ao juiz do GIP, órgão do tribunal responsável pelo acolhimento das denúncias, o paradeiro dos acusados. Assim, é possível tentar que a notificação seja entregue em mãos.

Ainda segundo o Uol, o juiz do GIP aciona a polícia judiciária, que, por sua vez, aciona a Interpol italiana. Então, o caso é remetido à Interpol brasileira. O braço brasileiro da Interpol que faria a tentativa de notificação é a Polícia Federal.

O advogado da vítima, Jacopo Gnocchi, disse ao UOL que fará todas as diligências possíveis, na Itália ou no Brasil, para que os quatro sejam encontrados.

Após receber a notificação, os acusados teriam que indicar um domicílio na Itália. Isso pode ser feito com a nomeação de um advogado. Caso eles não contratem um advogado, é designado um promotor público para defendê-los. O processo pode correr mesmo na ausência dos acusados.

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