Campeão mundial relembra tragédia com companheiro de Seleção: “Vi meu amigo morto”

Recentemente, França e Brasil mediram forças pela Copa do Mundo Feminina, onde o país europeu saiu vencedor. O mesmo cenário ocorreu há mais de 25 anos, quando o título de campeão mundial ficou com as francesas. Naquele ano também, outro episódio marcou a trajetória do elenco, com nomes como Roberto Carlos e Ronaldo Fenômeno. 

Na oportunidade, o ex-centroavante convulsionou e deixou o ambiente no grupo pesado. Um dos ‘parças’ dele, o lateral-esquerdo cogitou até mesmo a morte do ex-jogador.

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“Em 98, perdemos para a França na final porque tinha que perder. O problema que nós tivemos de saúde, muitas pessoas questionam. Vi meu amigo morto. Não gosto de falar disso ainda hoje. Tomara que (Ronaldo) não tenha isso nunca mais”, garantiu, em entrevista ao podcast Podpah.

Antes da partida, Ronaldo sofreu o incidente no quarto de hotel, porém, ainda assim, foi para o jogo. Dentro das quatro linhas, a França aplicou 3 a 0. Mas, a suspeita de morte, ocorreu em função de um choque do ex-atacante do Corinthians e Real Madrid com Barthez, goleiro francês, onde ele ficou estirado no gramado.

“Não sei se ele poderia jogar ou não. Mas ele falou: ‘Poxa, se eu vim até aqui, o jogo mais importante eu não vou jogar?’ O foda foi que, na primeira jogada, o Cafu fez um lançamento por cima da defesa e o Ronaldo saiu e o Barthez saiu. Ali eu falei: ‘Ih, morreu'”, apontou Roberto Carlos.

Além da derrota, Roberto Carlos criticou a forma como a imprensa brasileira repercutiu o caso. Para ele, tentou-se encontrar uma justificativa para o resultado negativo do campo.

Na Europa, todo mundo estava preocupado com o Ronaldo, enquanto no Brasil buscavam problemas em relação à seleção brasileira e à saúde dele”, disse. “Isso aí (o que aconteceu com Ronaldo) não precisa saber. O ‘moleque’ quase morreu. ‘Não, porque o Brasil vendeu a Copa’. Se fosse para vender, eu nem ia.”

Prestação de contas

Mesmo com o jogo finalizado, os jogadores tiveram que prestar depoimento na CPI que analisava os acontecimentos da derrota. “Me perguntaram: ‘Quem tinha de ter marcado o Zidane'”, brincou Roberto. “Vendo que meu amigo estava morrendo, falei (no depoimento): ‘Para de brincadeira que eu tenho medo de cara feia‘”.

Reencontro

Na Copa seguinte, a dupla conquistou o pentacampeonato, em disputa no Japão e Coreia do Sul. À época, outro destaque da equipe foi o ex-meio-campista Rivaldo.