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Denúncia envolvendo uniformes falsos dispara crise na Federação Bahiana de Futebol; saiba detalhes

Árbitros em competição oficial com uniformes da Topper supostamente falsos
Árbitros da FBF teriam usado uniformes falsos da Topper em competição oficial  |   Bnews - Divulgação Árbitros em competição oficial com uniformes da Topper supostamente falsos

Publicado em 13/12/2023, às 11h05 - Atualizado às 14h17   Redação BNews


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Vivendo momentos de crise, a Federação Bahiana de Futebol (FBF) enfrenta mais uma grave denúncia. Segundo informações do Blog do Marçal, divulgadas nesta quarta-feira (13), os árbitros baianos estariam utilizando uniformes falsos por descaso da entidade.

De acordo com a reportagem, a FBF, há pelo menos três anos, não estaria fornecendo uniformes da Topper, empresa com quem mantem contrato, aos árbitros do quadro. A informação teria sido confirmada por Jailson Macedo Freitas, ex-árbitro e chefe de arbitragem.

Como para trabalhar nas competições oficiais da FBF é preciso usar uniformes da Topper, os árbitros estariam tendo que “se virar” pedindo emprestado, adquirindo através de rifas ou comprando diretamente das mãos de Jailson Freitas, que estaria vendendo uniformes falsos.

“Eu tenho uma loja virtual. Não divulgo muito, mas vendo uniforme a muito tempo, desde quando apitava e antes de ser presidente da comissão. Eu consegui um fornecedor aqui e o material é como qualquer outro falso encontrado em qualquer camelódromo do país", admitiu Jailson ao Blog.

Questionado pela reportagem se tinha conhecimento que praticava pirataria e falsidade ideológica, crimes puníveis com até cinco anos de detenção, Jailson respondeu que:

“A Federação trabalha com a Topper, mas deixou de entregar esses uniformes aos árbitros. Esses profissionais estavam fazendo uma miscelânea muito grande indo atuar com várias marcas e até mesmo com uniformes com outras propagandas que não as oficiais. Ai eu comecei a vender o uniforme para eles com a marca Topper para não destoar e eu sou honesto em admitir que não é original”.

Ainda de acordo com o Blog, na última pré-temporada, o árbitro Marielson Alves Silva, da CBF, pediu a palavra e falou sobre os problemas que vinham ocorrendo desde 2020. Depois de se posicionar, Marielson teve uma forte decaída nas escalas, tanto a nível estadual, como nacional e todos o apontam como a bola da vez a ser boicotado na FBF.

Por fim, a reportagem ainda afirma que a venda do material pirateado e as demais denúncias seriam de conhecimento de Ricardo Lima, presidente da FBF e braço direito de Ednaldo Rodrigues na CBF. A fonte não descarta a possibilidade de o lucro estar, possivelmente, sendo repartido entre os dirigentes da arbitragem e da FBF.

OUTRA DENÚNCIA

De acordo com o Programa de Apoio às Federações estaduais de futebol, a CBF teria destinado uma verba extra para a Federação Bahiana de Futebol (FBF). Ao todo, nesse repasse extra, teriam sido enviados para a FBF o valor de de R$ 2,059 milhões. O detalhe é que, para além desse recurso, a entidade máxima do futebol brasileiro já tinha enviado os valores obrigatórios de R$ 110 mil por mês para a FBF.

Segundo O Globo, esse valor milionário é quase o dobro do que foi destinado para outras quatro federações. Isso sem contar com mais seis federações que não receberam repasses extras da CBF. Vale lembrar que Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF é concunhado de Ricardo Lima, presidente da FBF.

Questionada sobre o assunto, a CBF negou que os repasses tenham sido nesses valores. 

Procurada pela reportagem do BNews, a Federação Bahiana de Futebol (FBF) não respondeu o contato.

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