Educar com tênis de mesa leva prática esportiva para colégio público em Salvador

Carlos Eduardo Rodrigues jogava tênis de mesa em sua terra natal, o Tocantins, região Norte do Brasil, mas parou ao se mudar para Salvador, capital da Bahia. O contato com a prática foi retomada no colégio, quando ele começou a participar do projeto Educar com Tênis de Mesa, que levou a prática esportiva para dentro do colégio estadual Thales de Azevedo, na Pituba.

O projeto começou com a intenção de atender 150 estudantes, mas foi além. Hoje, são 205 inscritos e cerca de 400 participantes.

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" Participei de vários campeonatos no Tocantins, vim pra cá e voltei a competir agora. Eu não tenho muito interesse em ser profissional, é algo que pode acontecer. Acho bom porque poucas pessoas tem contato com tênis de mesa e é bom para propagar mais o esporte, não tem muitas pessoas que jogam", conta Carlos.

Apesar de não ter o desejo de se profissionalizar no esporte, Paulo Carneiro, presidente do Clube de Tenistas da Bahia (CTB), afirma que o contato com a modalidade pode despertar nos estudantes o desejo de procurar outras áreas esportivas. Inclusive, profissionais.

"O objetivo desse projeto é colocar esporte, atividade física dentro da escola pública. Nem todo mundo tem condição de pagar um clube. O objetivo é tirar os meninos da ociosidade, trazendo uma prática esportiva e despertar o talento, que é inato na sociedade. Quem sabe assim formar um educador físico ou área correlata ao esporte", afirmou.

Ainda de acordo com Paulo Carneiro, a prática do tênis de mesa como ferramenta educacional pode ser uma importante contribuição para a promoção da educação integral, auxiliando no desenvolvimento de habilidades cognitivas, motoras e socioemocionais dos alunos.

Segundo a CTB, já é possível ver bons resultados desde a implementação do projeto no colégio, que vão desde melhoria significativa na coordenação motora, na habilidade e na concentração dos alunos, além de uma maior integração e cooperação, com fomento ao espírito coletivo.