Esporte

Investigação do MP-GO aponta esquema de apostas em ao menos oito estados

Wesley Costa / O Popular
Investigação pode se tornar de âmbito nacional e ir para Polícia Federal  |   Bnews - Divulgação Wesley Costa / O Popular

Publicado em 14/05/2023, às 09h27 - Atualizado às 09h27   Osvaldo Barreto


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As investigações do Ministério Público de Goiás sobre manipulação de jogos de futebol em esquema de apostas esportivas ganharam repercussão nacional.A relação de jogadores envolvidos e de clubes que teriam sido prejudicados pela quadrilha pode aumentar. De acordo com reportagem do Estadão, ao menos oitos estaduais podem ter sofrido com as ações da máfia. 

Os torneios da Bahia, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Ceará e Sergipe são investigados. Em conversas que o MP teve acesso entre Bruno Lopez (BL), sua esposa Camilla Mota e Ralph Fraga, os três comentam sobre os estaduais. 

"Maravilha, irmão. Então vamos ver com quem a gente consegue casar. Eu tô com contato no campeonato mineiro, tô com contato no campeonato paranaense, tô com contato no campeonato paulista, tô com contato no campeonato baiano, tô com contato no campeonato, cearense”, diz, por mensagem de áudio, Thiago Chambó, em 4 de janeiro. Ele é apontado como um dos líderes do esquema. “Não, é isso que eu ia te falar. Eu tenho aqui no mineiro, tenho no carioca, tenho no paulista, tenho nesse sergipano, tá ligado? E tenho no goiano”, responde Bruno Lopez, outro ‘liderança’ das fraudes das apostas, de acordo com o Ministério Público de Goiás. Ambos foram presos. Bruno agia com sua mulher Camilla Motta.

Na primeira fase da operação, focada em apostadores e administrativo, 14 pessoas foram denunciadas. Na segunda, dedicada aos financiadores, 16 nomes – alguns aparecem nas duas acusações.

Em paralelo às investigações estaduais, há uma expectativa de que as investigações cheguem a crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Com isso, poderiam ser centralizadas pela Polícia Federal. O ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou que a PF abra um inquérito para tratar do tema. A instituição já realiza apurações preliminares. Alguns investigadores defendem a centralização por causa da característica interestadual do grupo descoberto pelo MP de Goiás.

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