Esporte

MP vai propor "delação premiada" aos representantes de torcidas organizadas

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MP vai sugerir que presidentes das torcidas ajudem a identificar integrantes que se envolverem em atos de violência  |   Bnews - Divulgação Gabriela Moreira/Ge.globo

Publicado em 20/09/2022, às 19h31   Redação BNews



Uma espécie de "colaboração premiada" ou "delação premiada" será proposta pelo Ministério Público do Rio de Janeiro aos representantes de torcidas organizadas. Em benefício pela informações privilegiadas, eles ganhariam a anistia do banimento de agremiações que se envolveram em atos de violência nos últimos anos no estado. Essa compensação, como o MP vai chamar, seria feita por meio de um aditivo no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) vigente desde 2011.

O MP sugere que os presidentes das organizadas colaborem com as polícias na localuzação dos membros que se envolverem em brigas, atos de indisciplina e violência mais graves, como homicídios. A troca valeria apenas a partir da assinatura do aditivo.

Como troca a essa colaboração, as agremiações envolvidas não seriam punidas como coletivos, sendo penalizadas com novos banimentos coletivos, isto é, com novas proibições de frequentarem estádios. Já os membros identificados, caso se comprove que foram de fato os autores, serão proibidos de ingressarem nos estádios, além de responderem pelas suas condutas criminal e civilmente.


A medida vem como uma contraproposta ao projeto de lei 6118/22 que está sendo discutido pela Assembleia Legislativa do Rio. Entre as novidades do projeto, está a anistia às organizadas que atualmente estão banidas dos estádios: Fúria Jovem (Botafogo), Raça Rubro-Negra e Torcida Jovem (Flamengo), Young Flu (Fluminense) e Força Jovem (Vasco).

A reclamação dos integrantes dessas torcidas é que os banimentos vêm sendo renovados (inicialmente eles têm prazo de três anos) para alguns casos, desde 2013. Na visão deles, as polícias não cumprem os requisitos de investigação necessários para identificar os reais envolvidos nos atos de violência.

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