ONU critica "medidas insuficientes" de entidades do futebol em casos de racismo

Em meio a pressão internacional em volta dos recentes casos de racismo contra o jogador brasileiro Vinicius Junior, na Espanha, a Organização das Nações Unidas (ONU) se posicionou acerca do tema e fez críticas às entidades do futebol, alegando que as "medidas são insuficientes" quando o assunto é racismo no futebol.

"Muito mais precisa ser feito para erradicar discriminação racial e isso precisa começar por ouvir os afrodescendentes, envolvendo eles significativamente e tomando passos genuínos para agir sobre suas preocupações", afirmou o alto comissariado da ONU para Direitos Humanos, Volker Turk.

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Sobre as atitudes da organização, Turk afirmou que tem a intenção de criar uma cartilha de direitos humanos nos esportes e encaminhá-la para as federações. "Quero criar um guia para federações sobre padrões de direitos humanos. Esporte reune as pessoas e é positivo. Mas também precisam lidar com as áreas de sombras", pontuou.

O alto comissário ainda propôs uma reflexão em seu posicionamento. "Mas a grande lição é que combater o racismo exige uma resposta de toda a sociedade. Todos precisam se perguntar: eu sou tendencioso? Eu tomo cuidado com minhas palavras? O que está acontecendo? Como eu reajo quando vejo alguém está abusando de outro de forma racista? Eu respondo? Eu encontro caminho para dizer que isso não é mais aceitável no século 21? Temos de superar isso", disse.