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Saiba o que levou Justiça espanhola a condenar Daniel Alves por caso de agressão sexual

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Daniel Alves foi condenado pela Justiça a quatro anos e meio de prisão  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Instagram @danialves
Marcelo Ramos

por Marcelo Ramos

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Publicado em 22/02/2024, às 07h08


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O lateral-direito Daniel Alves foi considerado culpado e condenado a quatro anos e meio de prisão por agressão sexual contra uma jovem na Espanha. A sentença foi proferida pela Justiça espanhola na manhã desta quinta-feira (22).

Em comunicado, o judiciário declarou considerar que "ficou provado que a mulher não consentiu e que existem elementos de prova, além do testemunho da denunciante, para entender comprovada a violação".

Ainda segundo a decisão, “o acusado agarrou abruptamente a denunciante, a jogou no chão e, a impedindo de se mexer, a penetrou pela vagina, apesar de a denunciante ter dito que não, que queria ir embora”. Entendeu também que “isso cumpre o tipo de ausência de consentimento, com uso de violência, e com acesso carnal”.

Na lei da Espanha, “agressão sexual” é o termo que abarca todos os delitos de conteúdo sexual. Daniel Alves cumpre prisão preventiva há 13 meses, desde o dia 20 de janeiro de 2023. Com a sentença desta quinta-feira, ele teve o quinto pedido de liberdade negado.

Daniel Alves chegou ao Tribunal por volta das 10h (6h no horário de Brasília) em um carro da polícia. Durante a leitura da sentença, estavam presentes a promotora, Elisabet Jiménez; a advogada da vítima, Ester García; e a defesa e advogada de Daniel, Inés Guardiola.

A defesa da vítima havia pedido pena máxima para o jogador, de 12 anos. A promotoria do caso pediu nove anos de prisão.

RELEMBRE O CASO

O caso aconteceu em dezembro de 2022, quando Daniel Alves atuava pelo Pumas, do México. A vítima alega que foi abusada pelo atleta dentro do banheiro de uma boate espanhola. O jogador foi preso um mês depois, em janeiro de 2023, e negou todas as acusações. Ao decorrer do processo, ele apresentou diferentes versões, sendo a última delas que estava embriagado, mas que a relação tinha sido consensual, o que a jovem nega veementemente.

Exames de DNA, realizados na vítima, confirmaram que houve penetração do jogador na jovem. Além disso, amostras de sêmen foram encontradas no piso do banheiro, onde foi cometido o ato, e que deram positivas com o material do jogador. Apesar de não ter sido identificado nenhum sinal de agressão na região íntima, a jovem ficou com hematomas nos joelhos, confirmando com a versão de agressão, e teve diagnóstico de estresse pós-traumático.

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