Esporte

Time do Garcia vence Copa Calabar 2021/2022: Alcoólicos Anônimos

Joilson César/ FolhaPress
A equipe, que pela primeira vez levou a Copa, também conseguiu o prêmio de R$ 1.000,00. O vice campeão foi o Real Madrid, faturou R$ 500,00  |   Bnews - Divulgação Joilson César/ FolhaPress

Publicado em 19/06/2022, às 14h18 - Atualizado às 14h23   Letícia Rastelly


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O time Alcoólatras Anônimos, do Garcia, venceu a Copa Calabar 2021/2022, em partida realizada neste domingo (19), por 3 x 0, na quadra do bairro. A equipe, que pela primeira vez levou o Campeonato, também conseguiu o prêmio de R$ 1.000,00. O vice campeão foi o Real Madrid, time do Calabar, que já havia conquistado a taça por duas vezes. Com o segundo lugar, o grupo faturou R$ 500,00.

Nilvan Pereira, diretor técnico do AA, contou ao BNews que a equipe foi muito preparada e confiante para o campo. “É uma honra chegar à final pela primeira vez e na quadra a gente vai mostrar o resultado de muito treino e esforço”, contou ele antes de começar a partida.

técnico

O evento, que existe desde 1981, é uma tradição do bairro, que vem se mantendo firme, junto a um projeto chamado “Pé na Bola, Olho na Escola”, que leva crianças e adolescentes a pratica de futebol.

“Pé na Bola, Olho na Escola”

De acordo com Valter César Sá, um dos idealizadores do projeto, essa é uma forma encontrada para tirar os pequenos das ruas e levar o esporte para vida. “Desse jeito meninos e meninas têm uma motivação, para não acabar usando ou traficando drogas”, comentou.

Junto com Valter, o professor de Educação Física Paulo Roberto é um dos incentivadores do projeto que existe desde os anos 90, sem patrocínio, nem ajuda de órgãos públicos. “Eu cheguei aqui em 2013, por meio de um trabalho da faculdade e acabei ficando. Me identifico, pois também venho de uma comunidade e acho importante que as crianças tenham oportunidades”, contou Paulo.

Paulo

Ainda segundo o educador físico, o espaço, aberto para crianças a partir dos 4 anos, também acaba trazendo debates sociais de assuntos como preconceito, racismo e homofobia.  “O esporte é um caminho para fazer com que essas crianças e adolescentes se integrem nesse tipo de assunto”, detalhou o professor.

Com mais de 30 anos de existência, o projeto já integra os destaques da comunidade. “A Escolinha faz parte da minha vida e da minha família, porque eu participo do projeto desde os quatro anos e meus irmãos também participaram. Esse é um espaço muito importante pra gente”, contou o estudante Alan Almeida, de 18 anos, integrante do “Pé na Bola, Olho na Escola”.

Segundo Valter, as meninas são destaque no projeto, a exemplo de Geovana Cristina, que também começou aos 4 anos na Escolinha e hoje já está com 12, “Desde pequena eu gosto de futebol e aqui os professores ajudam muito a gente”, contou a jovem, que também sonha em ser jogadora”.

Geovana

Assim como Geovana, Cauã Victor, de 9 anos, sonha em seguir a profissão. “Eu participei de uma “peneira” para o Palmeiras e quase passei. Então ainda tenho esperanças de conseguir entrar em time e enquanto isso sigo treinando aqui”, disse esperançoso o menino.

Sem apoio

E essa esperança do Cauã é a mesma que move os idealizadores da Escolinha, afinal, tanto a Copa Calabar, quanto o “Pé na Bola, Olho na Escola”, são projetos que funcionam na comunidade sem patrocínio público ou privado. “Nós sempre fazemos uma vaquinha entre os pais e os jogadores para conseguir comprar padrão, bola e até a premiação”, explicou Valter, mas não como lamentação, afinal, o que mais se tem no projeto é garra e apoio da comunidade. Confira as fotos da partida na nossa galeria.

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