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Fatos & Pitacos: casar de novo, sim, por que não?

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Gleice Santos foi casada por 16 anos, namorou por dois anos, e fala sobre preconceito, escolhas, consciência e independência  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 05/09/2023, às 07h00   Bruna Varjão


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Enfrentando estigmas de uma sociedade machista

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Rede de apoio foi fundamental para enfrentar o preconceito

A gerente comercial de novos negócios Gleice Santos, de 48 anos, define o conceito de relação criativa: “É cada um respeitando a individualidade do outro, seja morando juntos, seja morando em casas separadas. Uma relação sem padrões”.  E para ela, viver fora de padrões impostos social e culturalmente ao longo de muitos anos foi um desafio. Gleice foi casada por 16 anos e, após o casamento, namorou por dois anos. O divórcio ocorreu há quatro anos e o fim do namoro, há dez meses. “Enfrentei dificuldades no início por estar solteira. Preconceito mesmo, que vem de uma sociedade machista, por não estar acompanhada. As mulheres se sentem ameaçadas e incomodadas”, conta. A gerente diz que a rede apoio que a cercou, com amigos e família, foi fundamental para ela enfrentar esse tipo de preconceito. “Encontrei apoio porque me deixaram à vontade para me posicionar. Vou aos lugares para me divertir, vivenciar o momento, e não ir atrás de alguém. Estar ou não acompanhada é consequência”.

A escolha em se relacionar

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“Hoje sou muito mais seletiva”, aponta Gleice

Com o tempo vem a maturidade também para as escolhas. “Hoje sou muito mais seletiva na hora de me relacionar. É raro encontrar um homem interessante”, aponta Gleice. Para ela, o par ideal é poder conversar sobre arte, cultura, uma pessoa que tenha repertório e, ao mesmo tempo, aprecie as coisas simples da vida. “Um pôr-do-sol, a luz da lua ou mesmo comer um acarajé e tomar uma roska. Pedalar na orla, remar na Baía de Todos os Santos, fazer trilha. Não importa o programa, mas que seja alguém que curta o momento com significado”, diz. A gerente acredita que é importante, na relação, estar presente de corpo e alma nos momentos especiais.

Consciência e independência

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Hoje, Gleice garante assumir o protagonismo da própria vida

“Meus pilares são a terapia, o espiritismo, amigos e família”. A afirmação de Gleice refere-se ao atual momento que ela vive, parte de um processo de autoconhecimento. Hoje, ela garante estar mais consciente da própria existência, e assumindo o protagonismo de sua própria vida. A independência financeira também sempre fez parte de sua vida. Gleice é independente desde os 20 anos de idade. É claro que essa independência seria sempre uma prioridade. “O fato de estar solteira traz mais tempo livre. Sem demandas”, brinca. “Mas é nesse tempo que tenho focado no trabalho”, acrescenta a gerente. “Minha criação sempre me fez buscar a independência. A diferença agora é que tenho outros propósitos, outros objetivos, do ponto de vista pessoal e profissional. Hoje, consigo enxergar meu valor, o que antes eu não via”, pontua.

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Casada X solteira

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“Era dependente emocional e insegura”, ressalta

Gleice avalia as mudanças da vida de casada e a de solteira. “Amadureci muito. Era dependente emocional e insegura. Hoje enxergo a vida de outra forma. Entendo que estamos aqui de passagem e só levaremos conosco amor, empatia e experiências”, ressalta. O ‘medo’ da separação, por assim dizer, vinha da história dos pais. “Sou filha de pais separados e tinha pânico da separação, porque sofri na época e não queria que minha filha passasse por isso. Mas, quer saber, ela tirou ‘de letra’. Eu tinha medo de não ‘arranjar’ mais ninguém. Pura ilusão”, diz. Desde que está solteira, Gleice afirma que passou a focar bastante no bem-estar. “A terapia e a religião me ajudam muito. Busquei viagens e, agora, enfim, o foco maior na minha carreira”, conta.

Casar de novo sim, por que não?

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“Só não volto para antigos padrões”

Para Gleice, os prós e contras estarão sempre presentes na vida das pessoas. Por isso, é importante que se encontre equilíbrio nas escolhas que cada um faz. Casar de novo é algo que é considerado pela gerente, mas agora a maturidade e um novo olhar sobre a vida colocam novas condições para que isso aconteça. “Casar, viver junto, sim, por que não? Só não volto para antigos padrões. Não abro mão da minha liberdade”, ressalta. Sobre aproveitar o lado positivo e enfrentar o lado negativo na jornada da vida, ela ressalta: “Aprendi a ficar nos ganhos. Penso sempre no lado positivo das coisas, e aonde tudo isso quer me levar”, destaca.

Classificação Indicativa: Livre

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