Geral

MLT ocupa prédio do Incra e pede resposta

Imagem MLT ocupa prédio do Incra e pede resposta
Mais de 150 pessoas pedem resposta de pauta entregue nesta terça  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 05/04/2011, às 14h00   Fabíola Lima


FacebookTwitterWhatsApp

Mais de 150 pessoas que compõem o Movimento de Luta pela Terra (MLT) estão reunidos no prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na Sussuarana. Elas aguardam decisão de pauta entregue ao superintendente regional do instituto, Luiz Gugé, na manhã desta terça-feira (5). O Fórum Baiano da Agricultura Familiar (FBAF) protocolou 20 pontos sobre a reforma agrária na Bahia, que integram a lista de reivindicações do movimento. 


Luiz Gugé

Segundo o superintendente, a pauta será analisada. No entanto, ele adiantou que há itens que estão fora da governabilidade do órgão, ou seja, o Incra não tem a competência para atender. "Vamos encaminhar o documento ao presidente e aguardar orientação de Brasília", informou Gugé. Como resposta, o coordenador do fórum, Aldemis Meira, disse que "só sairemos daqui após conversamos com o presidente para que nossas reivindicações sejam, pelo menos avaliadas".


Aldemis Meira

Para Vanuzia Cerqueira, 42, mãe 8 filhos "criados sob a lona", ressalta ela - essa é uma luta que parece não ter fim, todo ano é a mesma coisa. A gente ocupa fazendas, marca pauta e nada é resolvido. Nossas famílias comem o pão que o diabo amassou”, lamentou.

O grupo que ocupa o prédio do Incra visa a ocupação da fazenda Liberdade em Ibicaraí. Segundo manifestantes, a área já foi liberada pelo proprietário para a venda, mas o órgão recusa-se a fechar o contrato, um processo que já dura mais de 2 anos.

“Na verdade, cada processo é diferente.Neste caso, há uma parceria com outros proprietários o que impede o processo de compra do imóvel, onde foi implantado, em parate da sua área, um condomínio. Não há como prever um tempo de resolução deste tramite", justificou  Marcos Nery, superintendente substituto.  

A pauta não avançou e às 16h de hoje uma nova reunião será feita para que a o documento seja revisado e os pontos que não estão dentro da governabilidade do Incra sejam identificados e resolvidos. “São mais de 10 mil famílias acampadas em todo o estado e se a presidente Dilma Ruceff pretende mesmo combater a pobreza extrema, ela deveria começar pelas famílias que lutam por um pedaço de terra. Argumentou o coordenado da FBAF. 


Fotos: Gilberto Júnior/Bocão News

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp