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Parada Gay: deputada 'antibaixaria' questiona contratação da La Fúria

Publicado em 06/09/2015, às 16h56   Leo Barsan (Twitter @leobarsan)


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Quando soube que a banda de pagode La Fúria vai puxar um dos trios elétricos na 14ª Parada do Orgulho Gay, em Salvador, no próximo domingo (13), a deputada estadual Luiza Maia (PT), não hesitou: “Uh, que baixaria!”, disse ela, em contato com o Bocão News, na tarde deste domingo (6). A atração foi confirmada pela dançarina e ex-vereadora de Salvador Léo Kret do Brasil.

Autora da Lei ‘Antibaixaria’ – que proíbe a contratação com dinheiro público estadual de artistas que tenham no repertório músicas com letras ofensivas às mulheres –, a parlamentar avisa que vai apurar se o evento LGBT recebeu recurso do governo estadual para a realização. As peças publicitárias da festa estampam logomarca do Governo da Bahia.

“Se o governo apoia, ela (Léo Kret) não pode levar. Vamos tomar as providências e se for confirmado apoio não tem condições. Após três anos da sanção da lei, agora estamos conseguindo regulamentar. Não podemos retroceder”, afirmou ela, que pediu celeridade ao governador Rui Costa.

Luiza Maia disse, ainda, que vai procurar o presidente do Grupo Gay da Bahia, Marcelo Cerqueira, para discutir a participação do grupo de pagode. “Vou conversar com ele, que é um dos organizadores. Mesmo que o trio seja independente, se o governo apoia o evento como um todo, pela lei, a banda não deverá participar. Ah, meu Pai do céu! É muita baixaria”, lamentou.

A petista argumentou não ser contrária ao ritmo pagode. “O problema está nas letras. Você já ouviu as músicas dessa banda? Essa La Fúria não canta nada. É só esculhambação e letra denegrindo a imagem da mulher”, completou a deputada, que, na última quinta-feira (3), promoveu audiência pública para discutir “O uso da mulher como ‘mercadoria’ na publicidade”.

Classificação Indicativa: Livre

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