Ana de Hollanda negou, nesta terça-feira (10), que irá deixar o cargo de ministra da Cultura. A polêmica surgiu quando domingo (8) o jornal O Estado de S.Paulo divulgou que a ministra adota como rotina marcar compromissos oficiais às sextas e segunda-feiras fora de Brasília.
Nesse "esquema de agenda", Ana de Hollanda recebe compensação financeira não só pelos dias de trabalho fora da capital federal, como também pelos sábados e domingos de folga. Suas principais viajens era para o Rio de Janeiro, onde tem um imóvel próprio.
Ana nega ainda irregularidade no pagamento das diárias, mas confirma que devolverá o dinheiro. "Quero deixar claro que grande parte desses dias eu estava em compromissos informais com gente da cultura", disse.
Coincidência ou não na escolha das datas e destinos de viagens, a ministra já recebeu nota de alerta da Controladoria Geral da União (CGU) sobre a sua "privilegiada" agenda de compromissos.
Além de Ana Holanda, outro ministros são acusados de utilização indevida de verbas públicas para hospedagem, a exemplo de Paulo Bernardo (Planejamento) e o baiano Afonso Florence (Desenvolvimento Agrário), que também terão que devolver as diárias recebidas pelo governo por dias em que estiveram em suas cidades.
Segundo o Portal da Transparência, Florence viajou várias vezes para Salvador este ano, recebendo R$ 5.932,90 em diárias. Desse total, R$ 1.365,96 foram pagos por dias em que ele não estava efetivamente tranbalhando na Bahia. Em duas oportunidades diferentes isso aconteceu, conforme admitiu a própria assessoria de Florense. Consultado, o Ministério do Desenvolvimento Agrário informou que houve erro e que o montante será devolvido.
(Informações O Globo e Agência Estado)
