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A Tarde afunda como um Titanic e donos querem se desfazer do jornal, diz site

Publicado em 02/03/2016, às 07h13   Redação Bocão News (twitter: @bocaonews)


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A situação do Grupo A Tarde chama cada vez a atenção dos outros veículos de comunicação e preocupa os funcionários que estão sem receber salários. O site Gente e Mercado trouxe uma realidade que circula nos bastidores, nada agradável para os 160 demitidos que até hoje não receberam seus direitos.
De acordo com Gente e Mercado, trinta dias depois de ter a venda anunciada para a holding Piatra SP Participações, do  DX Group, a situação de A TARDE permanece indefinida. Além de não ter o negócio registrado na Junta Comercial, o comando da Piatra vem tentando pular fora do barco e busca interessados em assumir o centenário jornal. Segundo informações de funcionários, um dos alvos da Piatra foi o ex-deputado Marcos Medrado (SD), atual Superintendente de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social do Estado da Bahia. Uma conversa nesse sentido foi mantida entre as duas partes, mas não houve interesse no negócio.
Estima-se que a empresa acumule um débito próximo aos R$ 200 milhões, valor que engloba dívidas trabalhistas e junto a bancos e à União. O clima na empresa é cada vez pior. Os 160 funcionários demitidos em dezembro de 2015 só receberam a primeira parcela da rescisão. Os outros que continuam no batente não viram ainda o salário de janeiro, nem das férias, estão com o FGTS atrasado desde outubro de 2013 e inadimplentes no mercado porque a empresa não repassou a bancos e financeiras empréstimos consignados e valores descontados em folha para planos de saúde. Nada, no entanto, que comprometa a saúde financeira da  empresa, garantiu num post o empresário baiano Crezo Suerdieck Dourado, que comanda o DX Group. Apesar de informações contrárias, Suerdieck afirma que as contas com fornecedores e funcionários estão em dia. Se tudo anda tão bem, como diz, por que então o desejo de se desfazer do negócio, questiona o mercado.
Para o sindicato dos jornalistas da Bahia (Sinjorba), houve irresponsabilidade por parte de quem vendeu e de quem comprou. "Não fizeram nenhum aporte de capital. Como se compra e s evende algo e não há dinheiro", questionou a presidente do Sinjorba, Marjorie Moura, que afirmou que o caso já está na Justiça.

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