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Sessão na Câmara marca Dia Internacional de Combate à Homofobia

Publicado em 19/05/2016, às 15h56   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



O Dia Internacional de Combate à Homofobia, 17 de maio, foi comemorado pela Câmara Municipal, na noite de quarta-feira (18), com uma sessão especial realizada no Plenário Cosme de Farias. A presidente da Comissão de Reparação da Casa, a vereadora Vânia Galvão (PT), presidiu a sessão que teve como tema “A inserção da população LGBT no mundo do trabalho: enfrentando a violência e as desigualdades”. A atividade também discutiu políticas públicas voltadas para a afirmação dos direitos de gênero e redução da violência contra o público de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (LGBT).
“Aproveitamos esse dia para discutirmos e reafirmarmos a nossa luta por políticas públicas inclusivas. Esse governo que assumiu agora de forma golpista é excludente e machista e precisamos mais do quê nunca discutir políticas de gênero e defender nossos direitos”, disse Vânia Galvão.
A vereadora destacou entre suas ações na área, um projeto de lei que visa capacitar LGBTs para atuarem no receptivo a turistas. “Esse é o público responsável por 15% do movimento do turismo mundial, com disponibilidade para viajar duas vezes por ano e com gastos diários superiores a 200 dólares. Capacitar um receptivo para atuar com este público tem tido efeito positivo no Rio de Janeiro”, explicou.
O vereador Hilton Coelho (Psol) destacou a atuação de Vânia Galvão como representante da causa na Câmara Municipal. “Com tantos debates acontecendo e lutas, a população está cada vez mais consciente e se enchendo de ação crítica. Hoje é mais difícil as pessoas adotarem uma postura discriminatória do que a 10 anos atrás”, completou o vereador.
Preconceito
O presidente do Grupo Gay da Bahia (GGB), Marcelo Cerqueira, disse que esta é uma data importante para ser lembrada. “Todos os oprimidos tem seu dia de luta. Tivemos muitos avanços desde a fundação do GGB em 1980, mas ainda temos muito que caminhar e incentivar que as pessoas assumam suas bandeiras e se assumam”, frisou. Marcelo Cerqueira afirmou que no ano passado 310 homossexuais foram vítimas de homicídio no Brasil. Para o ativista é difícil determinar a causa do preconceito. “Temos na mesma caixinha homossexuais negros, brancos, ricos, pobres. A discriminação não bate da mesma forma para todo mundo”, ressaltou.
Já a coordenadora do Fórum Encontro de Lésbicas e Mulheres Bissexuais da Bahia (Enlesbi), Amélia Maraux, acredita que a causa do preconceito está no conservadorismo político e no fundamentalismo religioso. “Essas são também as principais causas que impedem que tenhamos avanços com projetos de leis nas nossas Câmaras e Congresso”, disse.

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