Os estudantes da Universidade Estadual da Bahia (Uneb), em Salvador, realizam nesta terça-feira (28), uma paralisação de 24 horas, em que reivindicam revisão no calendário após a greve dos professores das universidade estaduais, que durou 51 dias. Os manifestantes querem um acréscimo de 19 dias no calendário do 1º semestre de 2011, que está previsto para encerrar em 19 de setembro.
Para o presidente do diretório acadêmico do curso de Pedagogia, Vanderson Silva, a não reposição das aulas prejudicaria o aprendizado dos alunos que, antes da greve, tiveram apenas 24 dias de atividade. Caso a proposta seja aceita pela direção da instituição, o semestre letivo terminaria em 11 de outubro e o 2º semestre de 2011 começaria no final do mesmo mês. Segundo o A Tarde, os alunos também reivindicam a implantação de um restaurante universitário e melhor infraestrutura do campus. As aulas serão retomadas normalmente nesta quarta (29), quando há uma reunião agendada entre os diretores de departamento e o reitor da universidade Lourisvaldo Valentim.
Os técnicos administrativos das universidades estaduais - Uneb, de Feira de Santana (Uefs), de Santa Cruz (Uesc) e do Sudoeste Baiano (Uesb) -, também fazem paralisação de 24 horas nos campus de Salvador e interior baiano. Os profissionais querem a regulamentação da lei nº 11.375, que enquadra os funcionários como técnicos e analistas, além da valorização dos servidores e aumento no valor do ticket alimentação e pagamento da Unidade Real de Valor (URV), de acordo com o coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau secção Bahia (Sintest-BA), Edson Pinto. A assessoria da Uneb informou que como as reivindicações são das quatro universidades estaduais, a negociação é com a Secretaria de Administração do Estado, mas a reitoria da Uneb está intermediando o diálogo com o governo.
