Em greve há 31 dias, os bancários podem encerrar a paralisação na noite desta quinta-feira (6). Isso porque a categoria se reúne em todo o país nesta tarde, após negociação que teve início às 17h de quarta-feira (5) e terminou às 4h de hoje. Em Salvador, os grevistas realizam assembleia às 18h30, no Ginásio dos Bancários, nos Aflitos, Centro de Salvador.
Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos, no encontro, a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) será analisada democraticamente. Para o sindicalista, o longo do período de paralisação, que prejudica principalmente a população, deve ser creditada à falta de diálogo dos empresários. "Ao invés de sentar para conversar, eles preferiram medir forças com a categoria, culpando os bancários (pela paralisação)", afirmou, denunciando o interesse da Fenaban em retirar direitos dos trabalhadores.
Questionado sobre a possibilidade real de término da greve, Augusto Vasconcelos preferiu não fazer um prognóstico. "Vamos respeitar a decisão da assembleia, que será tomada coletivamente e democraticamente", concluiu.
ORIENTAÇÃO - Em tempo, segundo informações da Agência Brasil, o Comando Nacional dos Bancários está orientando a categoria a aprovar a nova proposta.
Os banqueiros elevaram a oferta de 7% para 8% de reajuste salarial e também ofereceram um abono de R$ 3,5 mil e a garantia de conceder, no próximo ano, a reposição da inflação e 1% de aumento real, entre outros benefícios.
Nessa décima rodada de negociações, os bancos se comprometeram ainda a corrigir o vale-alimentação em 15%; o vale-refeição e o auxílio creche/babá em 10% e a implantar a licença-paternidade de 20 dias.
Em relação à Participação nos Lucros e Resultados (PLR), o acordo prevê parcela adicional de 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 4.367,07, sendo que a primeira parcela será paga até dez dias após assinatura do Contrato de Convenção Coletiva.
