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Preso na Operação Alquimia diz que feriu interesses

Imagem Preso na Operação Alquimia diz que feriu interesses
Paulo Cavalcanti, da Sasil, nega acusações e sugere que foi vítima de armadilha  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 31/08/2011, às 18h43   Redação Bocão News


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O empresário Paulo Sérgio Cavalcanti, de 52 anos, foi preso em meados do mês durante a Operação Alquimia, da Polícia Federal, sob acusação de ser o "cabeça" de uma quadrilha especializada em sonegação de impostos e lavagem de dinheiro que promoveu rombo de quase R$ 1 bilhão ao fisco. Ele é diretor da Sasil Industrial e Comercial de Produtos Químicos Ltda, grupo que reúne 26 empresas, é o terceiro do país e ocupa lugar de destaque no ranking mundial.

Durante entrevista ao Estadão, ele disse que "desconhece a origem das acusações que pesam contra si" e desafiou as autoridades a provarem a "super sonegação que lhe é atribuída". Em outro momento, foi cauteloso ao ser questionado sobre possíveis concorrentes que teriam interesse em lhe prejudicar.

"Será apenas uma coincidência? Essa investigação (Alquimia) estava parada desde 2002. Mas não consigo imaginar (ação de concorrentes por trás do cerco a que é submetido), não quero ver fantasmas. Não dá para ficar imaginando assombrações, imaginar o uso de instituições que existem para nos proteger. Agora, isso tudo é muito estranho, muito estranho, porque nossa empresa está crescendo, o grupo se desenvolvendo, contribuindo com o País, empregando mais. Pedi ao meu advogado que procure identificar de onde é que tiraram essa história de sonegação de R$ 1 bilhão."

Paulo Cavalcanti ficou detido em regime temporário por cinco dias no Centro de Observações Penais (COP), em Salvador. Agora, já em liberdade, prevê dias difíceis. "Com minhas contas bloqueadas vou quebrar, vou me tornar inadimplente, não vou poder pagar meus fornecedores, meus empregados, os impostos."

Por fim, ele falou sobre a Ilhota de Itapipuca, que a PF confiscou na operação deflagrada há duas semanas. "Está tudo declarado, como tudo o que possuo. O ouro que eles dizem ter achado na 'ilha da fantasia' foi comprado em prestações de carnê por minha mãe, no governo Collor (...) Não sei do que estou sendo acusado, mas já fui preso, já me liquidaram. Na verdade, já estou condenado".

Com foto e informações do Estadão

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