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Inversão de valores

Publicado em 17/10/2013, às 06h47   Marcela Nuno Britto*


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Ligo a televisão e só vejo violência, com absurdas imagens de corpos femininos sendo expostos de maneira abusiva. Será que as pessoas esqueceram dos verdadeiros valores? Será que efetivamente se espelham na ideologia sem cultura que a mídia louca impõe?
“No meu tempo não era assim”, é o que ouço o meu avô dizer; então paro e observo como realmente mudou! Em filmes de época passada ou até mesmo pelo que meu velho me diz, percebo que costumes foram completamente transtornados.  Do “eu sei que vou te amar, por toda a minha vida” regredimos para “agora eu tô assim, só fazendo besteira, de dia eu estou casada, à noite eu estou solteira”. Comportamentos que antigamente eram absurdos, hoje são banais, completamente normais. E a garota “chega princesinha e sai mendiga, com o sapato na mão e o vestido lá em cima. (...) Tá doida, é? Tá louca, é? Tá chapada, tá doidona? ” De vestido colado, curto, transparente e decotado, maquiagem extravagante e, óbvio, copo na mão, é comum ver as adolescentes no reg.
Sons perversos e ostentadores de um ritmo que se diz cativante são rebolados por todas as classes sociais deixando em evidência o nível cultural do nosso país. “E a novinha diz que senta”! Foi a esse ponto que chegamos. Cada vez que o nível cai, a faixa etária cai também, induzindo as crianças, o futuro da nação, para a sexualidade e violência.

Mesadas já não são economizadas para os estudos, mas para a festinha sensação, cujo preço, na minha percepção, é extremamente alto para durar algumas horas, que provavelmente nem serão lembradas no dia seguinte, pelo uso exagerado do álcool. Nem podia ser diferente em um país, cuja educação está abaixo da média mundial e bilhões são utilizados para carnaval e futebol.
Até onde somos culpados? Até onde somos orientados que as virtudes da alma trazem muito mais mérito e alegria do que festança e futebol? Ao final, ainda com a televisão ligada, chego à conclusão que vivemos num país onde os valores estão completamente invertidos.
Marcela Nuno Britto* tem 14 anos, é estudante secundarista e segue os passos da mãe, a ex-delegada Patrícia Nuno

Classificação Indicativa: Livre

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