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Carta é lida durante audiência

Imagem Carta é lida durante audiência
No texto, mulher de Bruno diz que Macarrão pretendia matar Eliza Samudio  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 08/11/2010, às 14h02   Redação Bocão News



Durante audiência nesta segunda-feira (8) para ouvir os réus no processo que investiga o desaparecimento e a morte de Eliza Samúdio, uma carta escrita pela mulher do goleiro Bruno, Dayanne Souza, foi apresentada.  A carta teria sido escrita logo após a prisão de Dayanne, por ter escondido o filho da vítima.

No texto que foi lido pela juiza Marixa Fabiane Rodrigues, Dayanne conta que em conversa com o primo de Bruno, Sérgio Rosa Sales, ele teria dito que o objetivo de Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, era matar Eliza e o filho. Na carta, a mulher de Bruno ainda afirma que cuidou do bebê de Eliza e que no início das investigações, o Macarrão teria pedido a ela que negasse à polícia a existência da criança.

Um dos advogados de Macarrão, Wasley César Vasconcelos, disse que a carta não pode ser anexada aos autos, com a justificativa de que ela foi apresentada como surpresa no processo. Segundo ele, a prova precisa ser conhecida pelos defesa para que se exerça o contraditório e a ampla defesa. O advogado ainda acredita que Dayanne foi orientada por algum advogado a escrever a carta.

Também nesta segunda-feira, Dayanne afirmou à juíza, que no dia 9 de junho ainda no sítio do goleiro Bruno, perguntou a Eliza se ela tinha sido agredida, pois estava com o dedo inchado. A acusada afirmou que a modelo respondeu que tinha se machucado na porta. Dayanne disse ainda que não discutiu em nenhum momento com Eliza e que na ocasião, Eliza teria dito que estava no sítio para resolver algumas questões com Bruno.

No primeiro depoimento de Dayanne, prestado no dia 16 de julho, ela já havia confirmado ter cuidado da criança, mas afirmou não saber do paradeiro da mãe. Ela havia dito ainda que assim que o caso começou a ser investigado, Bruno teria convocado uma reunião de família, para anunciar sua prisão. Segundo Dayanne, o goleiro teria dito à família que não sabia onde estava Eliza Samudio.

A promotoria fez nova intervenção e questionou a acusada sobre tortura. Ao promotor Gustavo Fantini, ela disse que sofreu pressão psicológica dos delegados da Polícia Civil, mas que deu o depoimento por vontade própria. Ela disse ainda que as delegadas Ana Maria e Alessandra Wilke afirmaram ter em mãos uma suposta carta anônima que a incriminava.

(Com informações do G1)

Foto: Pedro Triginelli/G1

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