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Hospital das Clínicas opera de forma irregular, diz relatório

Imagem Hospital das Clínicas opera de forma irregular, diz relatório
Unidade de saúde opera com déficit de 1.335 servidores e destina 57% da receita para pagar, “ilegalmente”, terceirizados  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 31/01/2012, às 16h39   Redação Bocão News


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Dados divulgados pelo Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (Denasus), revela que o Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Hupes) – o Hospital das Clínicas –, opera com déficit de 1.335 servidores e destina 57% (R$ 2,5 milhões) da receita para pagar, “ilegalmente”, terceirizados.

São apontados, ainda, “baixo faturamento do hospital, em função da ociosidade de sua capacidade”, aplicação inadequada de verbas, falta de leitos de UTI e subutilização do centro cirúrgico e das unidades de hematologia, oncologia e transplante de medula.

Ainda segundo o relatório da Denasus, devido à falta de concurso, 57% da receita do hospital, que deve ser para a manutenção de equipamentos e instalações, é usada para pagar 698 terceirizados, contratados por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa e à Extensão (Fapex). Há, ainda, deficiência de leitos de UTI: o Hupes tem capacidade para 16, mas só dez funcionam.

O diretor da unidade, Hugo Ribeiro, diz que, por ser uma instituição universitária, o Hupes deve trabalhar na UTI com 20% do total de leitos do hospital, chegando a 60 leitos. “Temos projeto pronto para uma nova UTI com 70 leitos”, diz.

As informações sustenta ação civil pública, na 6ª Vara Federal, do Ministério Público Federal (MPF) que, desde o último dia 9, cobra da União e da Universidade Federal da Bahia (Ufba) a regularização dos serviços. A ação, elaborada pela procuradora Gabriela Barbosa Peixoto, pede medida liminar para que a Ufba faça um levantamento das necessidades gerais de pessoal da unidade, para garantir o funcionamento regular.

Já a União, pelo Ministério da Educação, deve assumir “imediatamente as despesas” dos contratados via Fapex, até a extinção dos contratos ilícitos, realizando concurso em até 60 dias. O recurso da remuneração dos terceirizados deve ir para a manutenção de equipamentos.

Segundo reportagem do A Tarde, enquanto não é feito o concurso, a União, pelos ministérios da Educação e Saúde, deve realizar processo seletivo simplificado para urgente contratação de pessoal. O número de leitos de UTI deve ser ampliado para 50 adultos e 20 pediátricos. 

Foto: 
panoramio
Nota postada originalmente às 8h30

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