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Comerciantes pagam caro pela greve da PM

Publicado em 07/02/2012, às 08h12   Redação Bocão News


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Com impasse entre grevistas da Polícia Militar e Governo do Estado, comerciantes de Salvador e Região Metropolitana reclamam da insegurança na cidade saque que têm sofrido durante uma semana de greve da categoria na Bahia.



Cerca de 140 associações e comerciantes da bahia vão ingressar com ações judiciais contra o Estado motivados pelos prejuízos causados pela greve da Polícia Militar da Bahia. "Esta greve trata-se de segurança pública e esse é um dever do Estado, conforme diz o Artigo 6º da Constituição Federal", argumenta o advogado Cândido Sá, cujo escritório vai representar as causas. "Independente do motivo da greve, o resultado final é que o comerciante está com as suas vendas comprometidas pela falta de segurança pública", disse Cândido Sá ao site Terra.

Além de comerciantes de Salvador, procuraram o escritório lojistas de Lauro de Freitas, Vitória da Conquista, Cruz das Almas, Feira de Santana e Luís Eduardo Magalhães. Para dar início ao processo, é necessário que o lojista apresente o contrato social e o último balancete da loja.

Prejuízo
Na Liberdade, bairro que sofreu vários saques desde o início da greve, o comércio reabriu as portas. Mas algumas lojas, como as da rede Insinuante, optaram por continuar com as atividades suspensas.

Situações como essa têm gerado um prejuízo milionário ao varejo baiano. "Há um custo violentíssimo nesta não geração de negócios. De terça a domingo, o prejuízo foi acima de R$ 200 milhões", estima o presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado da Bahia (Sindilojas), Paulo Motta.

O preço da greve
O comércio do Estado reúne 45 mil lojas e gera 255 mil empregos diretos. O diretor do Conselho do Comércio da Câmara de Dirigentes Lojistas de Salvador (CDL), Haroldo Nunes, afirma que os micro e pequenos empresários são os mais prejudicados pela insegurança no Estado. "São comércios familiares e que não têm seguro contra furtos", disse.

31 de janeiro de 2010
A greve dos policiais militares da Bahia teve início na noite de 31 de janeiro. Cerca de 10 mil PMs, de um contingente de 32 mil homens, aderiram ao movimento. A paralisação provocou uma onda de violência em Salvador e Região Metropolitana. 

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