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“Nunca tinha visto nada parecido”, relata equipe de hospital que recebeu criança com marcas de surra e queimaduras de cigarro

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Ketelen Vitória Oliveira da Rocha, de 6 anos, morreu no último sábado (6)  |   Bnews - Divulgação Reprodução / Facebook

Publicado em 28/04/2021, às 18h14   Redação BNews


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A equipe médica do Hospital Municipal São Francisco de Assis, em Porto Real, no Rio de Janeiro, afirmou ter ficado impressionada com as condições físicas menina Ketelen Vitória Oliveira da Rocha, de 6 anos, que morreu no último sábado (24). As informações são do UOL. O diretor administrativo do hospital, Fábio de Souza Silva, revelou que, ao chegar na unidade, a criança apresentou sangramento no crânio, marcas compatíveis com queimadura de cigarro e vergões pelo corpo. 

Ainda de acordo com o diretor, Ketelen Vitória estava com um dos pulmões paralisados, supostamente em razão das agressões. A criança morreu seis dias após ser levada à unidade. 

Informações da Polícia Civil (PC) dão conta de que Ketelen foi espancada por cerca de 48 horas e que as principais suspeitas das agressões é a mãe, Gilmara Oliveira de Farias, de 27 anos, e Brena Luane Barbosa Nunes, de 25, madrasta da criança. As duas foram presas em flagrante e devem responder por tortura e homicídio. 

“Nunca tinha visto nada parecido em termos de crueldade. Os exames [de tomografia] mostraram que ela respirava apenas através de um pulmãozinho. O outro já estava fechado", continuou Fábio.

Ainda segundo o diretor do hospital,  serão necessários laudos periciais complementares para saber ao certo se as lesões que possivelmente tornaram um dos pulmões inertes foram provocadas pelo espancamento que antecedeu a morte de Ketelen ou se tratavam de uma consequência de surras anteriores.  

Além dos danos irreversíveis causados ao pulmão e cérebro da criança, o que a levou ao coma por trauma cranioencefálico antes de ser levada ao hospital pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o diretor afirmou que Ketelen tinha ainda outros hematomas extensos da cabeça aos pés. 

“Os vergões, semelhantes a chibatadas, como se tivesse sido açoitada, estavam distribuídos pelo corpo. Também havia marcas de queimaduras em vários pontos da pele — sugerindo que tenham sido feitas por pontas de cigarros", acrescentou Fábio. 

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