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Polícia apreende adolescente que ameaçava ataque a escola no Rio de Janeiro

Tânia Rêgol / Agência Brasil
Ação ocorreria dois dias depois do ataque a uma creche em SC  |   Bnews - Divulgação Tânia Rêgol / Agência Brasil

Publicado em 07/05/2021, às 18h10   Agência Brasil



As mortes por covid-19 no Brasil têm apresentado uma leve tendência de queda, segundo dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde. No período de 25 de abril a 1º de maio (Semana Epidemiológica 17), foram registrados 16.945 óbitos, enquanto na semana anterior foram detectadas 17.814 vidas perdidas para a doença.

O resultado revela uma queda de 5% no número de óbitos, o que é considerado um quadro de estabilidade pelo ministério. A média móvel de mortes (total de vidas perdidas durante a semana dividida pelo número de dias) ficou em 2.421.

A curva de mortes durante a pandemia segue o movimento de reversão da tendência de alta da 2ª onda registrada neste ano, iniciada por um aumento intenso a partir do fim do mês de fevereiro. A inflexão teve início na semana epidemiológica 14, na 1ª quinzena de abril.

Os boletins epidemiológicos do Ministério da Saúde sobre o novo coronavírus reúnem a avaliação da pasta sobre a evolução da pandemia, considerando as semanas epidemiológicas, tipo de mediação empregada por autoridades de saúde para essas situações.

Policiais da Delegacia de Cabo Frio apreenderam um adolescente de 15 anos de idade, que ameaçava pelas redes sociais um ataque a uma escola particular na cidade da Região dos Lagos. A descoberta da ação foi possível graças ao Laboratório de Operações Cibernéticas da Secretaria de Operações Integradas (Seopi) do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que identificou que as ameaças partiam da cidade de Cabo Frio.  

Com as informações repassadas pela equipe do ministério, a Polícia Civil do Rio de Janeiro conseguiu identificar e apreender o adolescente suspeito, que teria divulgado a ação em suas redes sociais. 

De acordo com o ministro da Justiça, Anderson Torres, “a tecnologia se torna cada vez mais fundamental para a resolução de crimes. Neste caso, a ação rápida e conjunta entre o Ministério da Justiça e Segurança Pública e a Polícia Civil do Rio evitou uma tragédia. Esse é o nosso compromisso com a sociedade”.

A ação ocorreria dois dias depois do ataque a uma creche na cidade de Saudades, em Santa Catarina, que deixou cinco mortos, sendo três bebês, uma professora e uma auxiliar.  

Segundo o delegado da Polícia Civil de Cabo Frio Carlos Eduardo Almeida, “no dia [5], por volta das 22h, recebemos informações do Ministério da Justiça e Segurança Pública e montamos uma operação para esta manhã. As equipes foram até o local apontado nessas informações. Fomos recebidos pela mãe do adolescente. Na busca, conseguimos encontrar todo o material que estava sendo postado pelo adolescente em uma plataforma de rede social”.

Mensagens
Em uma das mensagens postadas, o menor apreendido dizia ter começado a planejar o ataque no dia 4 de maio e iria realizar o ato dois dias depois, ou seja, na quinta-feira (6). A intenção seria atacar na hora do recreio, no mesmo horário do massacre em Realengo. O internauta afirmou que mataria um professor e dois funcionários da escola, além de alunos. Uma arma branca e coquetéis molotov seriam usados na ação.

O massacre em Realengo, zona oeste do Rio, ocorreu no dia 7 de abril de 2011, por volta das 8h30, na Escola Municipal Tasso da Silveira, no bairro de Realengo. Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos de idade, invadiu a escola armado com dois revólveres e começou a disparar contra os alunos presentes, matando 12 deles, com idade entre 13 e 15 anos, e deixou mais de 22 feridos. O assassino foi interceptado por policiais, mas cometeu suicídio antes de ser detido.

Na residência do suspeito foram encontrados materiais para fabricação de coquetel molotov, desenhos que simulavam a ação contra a escola, além de outros artefatos. O perfil que o usuário utilizava nas redes sociais tinha a imagem de Wellington Menezes de Oliveira, autor do massacre de Realengo. 

O delegado Carlos Eduardo informou que “o adolescente foi ouvido, em companhia dos pais e com toda a tranquilidade, e disse que realmente ia perpetrar essa ação”.

O coordenador do Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça, Alessandro Barreto, disse que "cada vez mais a tecnologia é empregada para a prática de crimes. Tecnologias ofertadas com fins lícitos são empregadas de forma criminosa. A apreensão do adolescente, após a publicação de ameaças de ataques em redes sociais a uma escola na cidade de Cabo Frio, no Rio de Janeiro, demonstra uma ação oportuna da Polícia Civil do Rio de Janeiro e do Ministério da Justiça e Segurança Pública para reprimir crimes praticados na internet com reflexos no meio físico”.

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