"Me senti constrangido", diz cliente após ter que apresentar nota fiscal para sair de supermercado em Lauro de Freitas; assista

O consultor de vendas Marcos de Jesus afirmou ter passado por constrangimento após ter que apresentar a nota fiscal e mercadorias a uma funcionária do supermercado Assaí, em Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador. O caso ocorreu nesta terça-feira (3).

Ao BNews, ele contou que foi abordado pela fiscal quando tentava sair pela entrada do estabelecimento. Em um vídeo, Marcos relata a sua insatisfação com o ocorrido e diz que a funcionária pediu para que ele abrisse a sacola e mostrasse os itens que estavam dentro dela, além do cupom fiscal. As imagens mostram ainda o momento da abordagem.

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"Acabei de ser constrangido no supermercado Assaí de Lauro de Freitas, onde eu comprei um alimento e fui constrangido na saída. A funcionária justificou que eu estava saindo pelo lado incorreto [...] tive que abrir a sacola e mostrar o que eu estava comprando. Ela assinou e circulou [...] Estou morto de vergonha porque tinham vários clientes na entrada [...] Tive que provar que eu comprei e não roubei", diz o cliente. 

A reportagem entrou em contato com a rede Assaí supermercados que lamentou o ocorrido, porém justificou que o procedimento é habitual e regularmente praticado por estabelecimentos do segmento. O Assaí ressaltou ainda que ele foi abordado em razão de tentar sair por um acesso inadequado. Veja a resposta na íntegra:

"A loja lamenta que o cliente tenha se sentido constrangido durante a conferência das mercadorias, um processo habitual e regularmente praticado por estabelecimentos do segmento, cujo intuito é preservar a segurança do consumidor, possibilitando inclusive eventuais correções de erros de registro nos caixas. Adicionalmente, a loja esclarece que o cliente foi abordado em razão de tentar sair pela entrada da unidade, mas foi orientado a seguir o fluxo correto de passagem em uma próxima ida ao local, utilizando a porta de saída", diz a nota. 

Ao BNews Agora, na rádio Piatã FM, o Diretor de Fiscalização do Procon, Iratan Vilas Boas, afirmou que a conduta do supermercado foge das regras estabelecidas pelo Código do Consumidor. "É preciso ser reconhecido que eles não podem deduzir que estão furtando sem ter prova ou garantia. Pode trazer constrangimento ter que comprovar que não está roubando e foge das regras consumeristas. Podem fazer a conferência, mas de uma forma discreta, aceitável e que o consumidor concorde com isso e não expor o consumidor ao constrangimento. A empresa possui capacidade financeira para utilizar equipamento de vídeomonitoramento para verificar e acompanhar para que evite pequenos furtos", afirmou.