Embora Salvador tenha o maior índice de infestação pelo mosquito da dengue, com 3,5% dos imóveis com focos, entre as onze maiores cidades do Brasil, o último levantamento do Índice Rápido do Aedes Aegypti (Lira), realizado de 3 a 11 de novembro, mostrou uma redução na média de infestação Aedes Aegypti em toda a capital baiana.
No levantamento anterior, em cada 100 residências foram registradas a presença do mosquito em 4,1 dos casos. No Lira mais recente, esse número caiu para 3,2. Destaque para o Distrito Sanitário do Centro Histórico que foi um dos lugares que apresentou o índice considerado ideal, com menos de 1% de casas infestadas pelo mosquito.
Em contrapartida, os bairros de São Caetano, Valéria e o Subúrbio Ferroviário, apesar de também terem apresentado queda no número de casos, ainda registram altos índices de incidência , com mais de 3,9% de casas com o Aedes Aegypti.
Conforme a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) essas regiões serão alvo de intenso combate à doença. Como nos anos anteriores, os mutirões serão realizados de forma articulada entre a SMS e órgãos como a Limpurb, a Superintendência de Conservação e Obras Públicas do Salvador (Sucop) e Guarda Municipal , para a retirada de todo lixo e detrito que possa contribuir para a proliferação dos mosquitos.
Os mutirões serão retomados em dezembro, mas o trabalho de combate à doença é desenvolvido ao longo de todo ano pelos agentes de endemias.
Campanha contra a dengue na Bahia
No último dia 18, o Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, lançou a Campanha Nacional de Combate ao mosquito da dengue na Bahia. Além de Salvador, Temporão ressaltou os altos riscos de surto em três cidades do interior da Bahia: Itabuna, Ilhéus e Simões Filhos.