Empresário e carnavalesco faleceu vítima de câncer
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Publicado em 07/05/2012, às 17h11 Alessandro Isabel
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O corpo do empresário e carnavalesco Fernando Boulhosa, 62 anos, foi velado na manhã desta segunda-feira (7) no Cemitério Jardim da Saudade, bairro de Brotas, em Salvador. Durante a cerimônia, familiares, amigos e admiradores do Presidente do Conselho Municipal do Carnaval e da Associação de Blocos de Trios (ABT) relembraram momentos da vida de um dos mais importantes e influentes nomes do carnaval baiano. A família do carnavalesco atendeu ao pedido de Bulhosa e cobriu o caixão com a bandeira do Esporte Clube Bahia, seu time de coração. O carvanvalesco faleceu ontem no Hospital Alinaça, vítima de câncer no intestino.
Luiz Juruna, assessor do conselho e amigo do carnavalesco, acompanhou os últimos dias de Bulhosa e esteve presente no velório. “Ele lutou até o final. Homem forte que nunca desistiu de seus ideais e assim foi durante o tempo em que esteve no hospital. Batalhou até o último momento e sempre será um exemplo de pessoa e profissional a ser seguido por todos”, disse emocionado.
Para Juruna essa é uma das maiores perdas que o carnaval de Salvador teve. ”Ele era inteligente, revolucionário, pensava muito além de seu tempo. Uma perda irreparável. O carnaval de Salvador se tornou o maior do mundo graças a luta desse homem, e vamos continuar lutando pelo que ele lutava”, completou.
Autoridades, empresários e políticos acompanharam o velório e lamentaram a morte do empresário. Segundo o vereador Alcindo da Anunciação (PT), os embates entre ele e Bulhosa não eram atos pessoais e sim por lutas de idéias. “Estou aqui hoje para prestar a minha solidariedade à família e mostrar que eu não tinha nada contra ele. Lutei e vou continuar lutando contra opiniões do conselho do carnaval. Tenho uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) aberta na Câmara e vou continuar para provar que não tinha e não tenho problemas com o Bulhosa”, disse o vereador.
De acordo com Pedro Costa, vice presidente do Conselho Municipal do Carnaval, Bulhosa foi a pessoa mais importante que figurou no carnaval de Salvador. “Ele participou de todas as principais decisões da folia. Profissionalizou toda a festa no momento em que tudo era amador. Ele simplesmente profissionalizou o carnaval de Salvador. Perdemos um líder”, lamentou Costa, que ocupa a presidência do Conselho.
Familiares de Bulhosa evitaram conversar com a imprensa. Os amigos organizaram uma cerimônia alegre com confetes e banda de marcinha. Ao som do Maestro Reginaldo e sua fanfarra, os grandes sucessos dos blocos Alô Inter e Inter, fundados pelo carnavalesco, foram cantados durante o cortejo. O hino do Bahia também ecoou, emocionando os filhos e netos.
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Luiz Juruna, assessor do conselho e amigo do carnavalesco, acompanhou os últimos dias de Bulhosa e esteve presente no velório. “Ele lutou até o final. Homem forte que nunca desistiu de seus ideais e assim foi durante o tempo em que esteve no hospital. Batalhou até o último momento e sempre será um exemplo de pessoa e profissional a ser seguido por todos”, disse emocionado.
