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Itabuna pode ter surto de dengue

Publicado em 25/11/2010, às 15h41   Redação Bocão News


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A cidade de Itabuna (sul da Bahia) está entre os lugares que registraram os maiores índices de infestação por larvas do mosquito da dengue no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, o município alcança a 4ª colocação com 9,1 % das residências onde foram encontrados focos.
Junto com Ilhéus, que registrou 6,3% e Simões filho com 5,3%, eles formam os municípios baianos onde há grande possibilidade que uma epidemia da doença ocorra, já que essas localidades registram altos riscos de surto da dengue.
Ainda conforme o Ministério da Saúde, os números de registros em Itabuna só vieram à tona agora porque a prefeitura da cidade demorou para enviar os dados.O percentual foi colhido no último Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (Lira), aplicado pela prefeitura com a supervisão do Ministério  no mês de outubro.
De acordo com o Lira 2010, os municípios com os maiores índices de infestação do mosquito foram encontrados em Afogados da Ingazeira (PE), com 11,7% das casas com focos,  Ceará-Mirim (RN) com 11,4%, e Bezerros (PE) com 10,2%.
Itabuna vem em seguida onde foram registrados mais de 15 mil casos de dengue em 2009, o que resultou na morte de nove pessoas. O percentual de 9,1% das residências com focos do mosquito é mais que nove vezes o aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Vacina contra a dengue

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou hoje (25) que a dengue será um desafio permanente enquanto não houver vacina contra a doença no Brasil. Segundo o ministério, a substância está em fase de testes em humanos no Espírito Santo, por meio de uma parceria com um laboratório francês. Temporão alertou, entretanto, que a aprovação só deve ocorrer em três ou quatro anos. “É um grande alento no horizonte”, disse.

Segundo o ministro, casos registrados em 2010 em países como a França, os Estados Unidos e a Holanda demonstram a capacidade de adaptação do mosquito Aedes aegypti. “Infelizmente, vamos ter dengue todos os anos enquanto não tivermos vacina, e isso vai demorar alguns anos”, disse, durante o programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços.

No programa, ele fez um balanço do combate à doença durante o governo Luiz Inácio Lula da Silva. “Fizemos um gigantesco esforço com secretários estaduais e municipais. Aperfeiçoamos muito a vigilância epidemiológica. São 66 laboratórios no país que monitoram os sorotipos”, destacou.

Temporão lembrou que, este ano, foi registrada a volta do sorotipo 4 da dengue, que não circulava no país há 28 anos. “Fizemos uma verdadeira operação de guerra para evitar que se espalhasse”, afirmou, ao se referir à contenção da doença no estado de Rondônia. “Seria uma situação muito complicada”, avaliou. Informações Agência Brasil


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