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Salva-vidas depõem sobre morte de menina em piscina de Sauípe

Imagem Salva-vidas depõem sobre morte de menina em piscina de Sauípe
Profissionais afirmam que criança não usava boia no momento do acidente  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 12/07/2012, às 17h29   Redação Bocão News - @bocaonews



Três salva-vidas que trabalhavam no Complexo de Sauípe, no Litoral Norte da Bahia, na segunda-feira (9), dia em que uma menina de quatro anos morreu na piscina de um dos hotéis do local, prestaram depoimento nesta quinta-feira (12), na Delegacia de Praia do Forte. De acordo com a delegada titular da unidade policial, Celina Cássia Fernandes, um dos ouvidos nesta quinta foi o primeiro profissional habilitado a prestar socorro à vítima. Ele disse à polícia que quando se aproximou da criança ela já recebia massagem cardíaca de uma pessoa que a retirou da piscina. Segundo a delegada, essa pessoa ainda não foi identificada pela polícia.

Celina Fernandes informou que o salva-vidas relatou em depoimento que estava na área da piscina no momento do ocorrido, mas não percebeu quando a menina se afogou e só se aproximou ao notar uma movimentação estranha na borda da piscina de adultos. “Ele [o salva-vidas] disse que acionou outros colegas pelo rádio, fez massagem cardíaca, respiração artificial e que a menina chegou a abrir os olhos e foi levada para a ambulância e, em seguida, para o posto médico do local, onde ficou aos cuidados da equipe médica”, afirmou a delegada.

Ainda segundo a delegada, os outros dois salva-vidas deram suporte ao primeiro colega para que ele prestasse os primeiros socorros à criança. Todos os ouvidos até agora, de acordo com Celina Fernandes, informaram que a criança Maria Eduarda Ribeiro não usava boia ou qualquer outro tipo de proteção. Ainda devem ser ouvidos na Delegacia de Praia do Forte, profissionais da ambulância e do posto médico onde a vítima foi atendida.

A mãe da criança, Dagmar Ribeiro, foi ouvida pela polícia na quarta-feira (11), no aeroporto de Salvador, antes de embarcar para São Paulo. A delegada informou que ela disse que participava de uma atividade recreativa no hotel no momento do acidnete e que a vítima e o irmão, de 10 anos, estavam sob os cuidados do pai. Dagmar também falou que foi avisada pelo pai sobre o ocorrido.

O pai da menina, Rogines Alves, ainda não foi ouvido pela polícia. "Ele [o pai] se dispôs a voltar para depor", disse a delegada. Em entrevista ao G1, a delegada não descartou a possibilidade de ouvir o irmão da vítima. "Ainda não sabemos se ele viu alguma coisa, pode ser que ele seja ouvido", afirmou.

Enterro

O corpo da menina Maria Eduarda foi enterrado na manhã desta quinta-feira (12) no Cemitério Municipal de Poá,  na Grande São Paulo. Os pais da menina chegaram à cidade na quarta-feira (11), quando foi iniciado o velório. Familiares e amigos lotaram a sala de velório durante a madrugada e o início desta quinta-feira. Os pais são empresários conhecidos na cidade. O enterro aconteceu às 10h.

O pai da menina, Rogines Alves, contou após o acidente que minutos antes do ocorrido estava tomando conta da menina e do irmão mais velho, que brincavam na piscina infantil, e que não viu a menina sair. "Em um momento de distração, eu estava olhando para a piscina e, de repente, eu só vi o menino [filho]", disse. Rogines afirma que não tinha salva-vidas na piscina. "Não tinha [salva-vidas], porque se tivesse a minha filha não tinha morrido".

A mãe da criança também disse que minutos antes de ser encontrada morta a garota brincava em uma piscina infantil com o irmão mais velho. "Ela estava na piscina infantil, que é em frente à piscina de adulto, meu esposo sentado observando ela e o outro [irmão] de dez anos. Em um piscar de olhos ela sumiu. Ele [o marido] saiu para procurá-la e tava procurando, de repente um rapaz estava levantando ela da piscina toda roxa, ela já tinha bebido bastante água... Um hóspede que prestou os primeiros socorros, não tinha salva-vidas, não tinha", disse.

O Instituto Médico-Legal (IML) deve apresentar em 10 dias o resultado do exame que vai apontar a causa da morte.

Em nota enviada nesta quarta-feira (11), o Complexo Costa do Sauípe reafirmou que tinha salva-vidas na área onde Maria Eduarda morreu, que a menina foi atendida ainda na beira da piscina pelo profissional, encaminhada para uma ambulância e, em seguida, para um posto médico. Ainda em nota, o Complexo lamenta o ocorrido e diz que em 12 anos de atividades no local esse foi o primeiro óbito registrado em uma das piscinas da rede hoteleira.

Fonte: G1 Bahia



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