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Itabuna: contas são rejeitadas por causa de reincidências

Publicado em 23/11/2012, às 08h40   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



Nesta quinta-feira (22), o Tribunal de Contas dos Municípios rejeitou as contas do prefeito de Itabuna, José Nilton Azevedo Leal, relativas à gestão de 2011, pela prática de diversas irregularidades ao longo da sua administração. A reincidência na extrapolação dos gastos com pessoal e não recolhimento de multas impostas contra ele e demais agentes municipais foram os principais motivos que levaram à rejeição.
Por nove anos consecutivos o Executivo teve as contas rejeitadas, sendo em 2003 e 2004 da responsabilidade de Geraldo Simões de Oliveira, de 2005 a 2008 na gestão de Fernando Gomes de Oliveira e de 2009 a 2011 sob administração de José Nilton Azevedo Leal.
O relator do parecer, o conselheiro José Alfredo Dias, determinou a formulação de representação ao Ministério Público e imputou multas de R$ 10 mil, pelas falhas apontadas no relatório, e outra de R$ 66.874,04, correspondente a 30% dos subsídios anuais do gestor, em função de ter sido promovido a redução do percentual excedente com pessoal.
Segundo o TCM, a receita arrecadada alcançou o valor total de R$ 251.433.272,59 e a despesa executada atingiu o montante de R$ 267.874.223,51, resultando em déficit orçamentário de R$ 16.440.950,92.
Pelo terceiro exercício consecutivo, o gestor ultrapassou o limite máximo de 54% estabelecido para despesa total com pessoal, sendo que desta vez foram gastos 78,91% da receita corrente líquida de R$ 241.052.614,72.
O prefeito não cumpriu o seu dever de recolhimento das cominações que lhe foram impostas e de cobrar os débitos existentes contra agentes políticos do município, importando a omissão no comprometimento do mérito das contas, restando caracterizado a prática de ato de improbidade administrativa, na forma do disposto na Lei nº 8.429/1992.
A relatoria solicitou a lavratura de termo de ocorrência com o objetivo de aprofundar a análise da matéria, diante da expressividade dos valores, quanto aos gastos pouco moderados no custeio de serviços profissionais de consultoria e assessoria jurídica, circunstância agravada em face da Prefeitura dispor em seus quadros de 15 advogados.
As seguintes impropriedades foram apontadas no relatório técnico: contratação de servidores sem a realização de prévio concurso público, não apresentação de diversas notas fiscais eletrônicas, inobservância a regras da Lei de Licitações e diversos casos de divergência entre o valor informado no sistema SIGA e o apresentado em documento encaminhado pela Entidade.
O prefeito ainda pode recorrer da decisão.

*Com informações do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia
Nota originalmente publicada às 17h50 do dia 22

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