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O ano mudou, mas os problemas continuam

Publicado em 04/01/2011, às 13h17   Redação Bocão News



Quem pensou que o problema da Oi era coisa do passado, se enganou redondamente. O ano é 2011, mas o problema é antigo, pelo menos para milhares de baianos que tentam restabelecer suas linhas telefônicas e o serviço de internet oferecido pela operadora, depois do incêndio de grande proporção que atingiu sua central instalada na Bahia, no bairro do Itaigara, próximo ao Hotel Fiesta, em Salvador.

Para amenizar a situação, a companhia forneceu aos clientes aparelhos de telefonia fixa habilitados com chip durante o apagão telefônico. Só que segundo os clientes que trocaram o aparelho, os telefones não recebem ligações a cobrar ou de outro DDD e que, para falar, é melhor exercitar a paciência diante do telefone.

“Moro num dos bairros que eles dizem ter sido afetado, a Pituba. No entanto, disseram que meu prefixo não estava entre os que teriam problemas em função do incêndio. Agora, se não foi isso, o que foi? Até agora meu telefone não funciona direito e eu estou com a internet falhando a todo instante”, explica a administradora financeira Maria Ivone dos Santos, 56 anos.
Assim como ela, a professora aposentada Edith Santana, 90 anos, continua tendo problemas para utilizar o serviço, considerado essencial. “Troquei o aparelho e mesmo assim estou refém disso. Meus parentes que moram no interior, com outro DDD, não conseguem falar comigo”, conta a aposentada.

Medidas
Quem está de olho na situação é o Ministério Público Estadual (MPE), que aguarda a chegada de relatórios com informações, consideradas imprescindíveis, para que sejam tomadas medidas para garantir o direito ao cliente de receber o serviço.

De acordo com o promotor de Justiça do consumidor, Aurisvaldo Sampaio, são esperadas informações técnicas de setores específicos da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), da Superintendência de Controle e Uso do Solo (Sucom), do Corpo de Bombeiros e das defesas civis do município e do estado.

“Precisamos dessas informações para termos condições de analisar a fundo a questão e cobrar da empresa um posicionamento mais verdadeiro. Eles falam em 29 mil usuários sem telefones, mas, de forma empírica, temos constatado que essa não é a verdadeira versão dos fatos”, diz o promotor, que participou de reunião com representantes da empresa.
Informações do Correio.

Classificação Indicativa: Livre

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