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Insinuante responde à denúncias de cliente feita ao Bocão News

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“Todas as devidas providências já foram tomadas para que o fato não se repita”  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 04/03/2013, às 11h28   Alessandro Isabel (Twitter: @alesandroisabel)


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A insinuante se pronunciou, por meio de nota, sobre as acusações de anunciar um valor no balcão da loja e registrar outro no sistema de cobrança. Segundo o comunicado a promoção do celular anunciada no dia 15 de fevereiro (sexta-feira) tinha vigência até o dia seguinte (16) -Sabadão Insinuant -, “contudo, por uma falha interna, o cartaz não foi retirado e no sistema o preço voltou ao normal, acarretando no erro de cobrança ao cliente”.

Ainda segundo a Insinuante, “a empresa lamenta o ocorrido e informa que comercializou o produto, no valor promocional, de acordo com o anúncio. Todas as devidas providências já foram tomadas para que o fato não se repita, fortalecendo o empenho da empresa em oferecer o melhor serviço ao seu consumidor”.

A denúncia feita pelo Bocão News na última sexta-feira (02) e teve como vítima o chaveiro Anatelito Carmo Serra, de 40 anos, que foi comprar um celular com dois chips anunciado no balcão por R$ 99. No entanto, na hora de pagar o produto, a surpresa: “Me disseram que ele custava R$ 129,00”, conta.

Indignado, Anelito disse que não ia pagar o valor a mais. “Eu conheço o código de defesa do consumidor e sei que se eles expõem um valor, não somos obrigados a pagar a mais quando chegamos no caixa e mandei chamar o gerente da loja. Ele quis me dobrar, me chamou pra conversar em um canto, mas eu não quis. No balcão mesmo eu disse que não ia pagar e que ia levar o aparelho pelo valor que eu vi”, afirma.

Conformado, o gerente cedeu à reclamação de Anelito, que não se deu por satisfeito. “Eu consegui comprar o celular por R$ 99, mas fiquei muito chateado. Se a gente deixa passar, esses caras seguem em frente fazendo do cliente de qualquer coisa. Eles vão fazendo e a gente vai aceitando e chega a um ponto que vira uma bola de neve”, desabafa o chaveiro, que diz ainda ter sido obrigado a presenciar o gerente repreender uma de suas funcionárias.

“Ele disse que quem ia pagar pelo valor a mais seria a menina que estava no caixa e quis argumentar comigo porque eu sou comerciante também. Ele perguntou se eu nunca errei um preço e eu disse que sim, mas que era honesto e arcava com os meus erros e ele ficou agindo com ironia, dizendo que R$ 29 era muito para a menina pagar, aí fiquei mais aborrecido ainda.

Eu quero que eles saibam o que eu senti. Não quero dinheiro, nem nada. Eu quero apenas que ele entenda a função dele de gerente que trabalha com um meio de público o qual ele não pode falar certas coisas”, acredita Anelito.

A advogada Alane Virgínia Azevedo, especialista em direitos do consumidor, reconhece que a ação de Anelito foi correta. “Se o cliente teve acesso a um valor e ao registrar no caixa aparece um valor diverso, o consumidor tem o direito de levar a mercadoria pelo menor preço dos dois", explica. No entanto, ela diz que a norma não vale se o erro for grotesco."No caso de a diferença ser muito gritante, há de se ponderar, porque o consumidor também não pode tirar proveito da situação. Temos de levar em consideração o princípio da boa-fé. Certamente, um notebook oferecido por R$ 1,00 em um encarte deixa claro que houve um erro", diz.

Processo

Vale ressaltar, que se o cliente se sentiu constrangido ou com sua moral abalada, ele pode entrar com uma ação judicial contra o estabelecimento. “Nem toda situação de descontentamento representa um dano moral. É preciso analisar cada caso individualmente”, finaliza.


Colaborou a repórter Terena Cardozo

Classificação Indicativa: Livre

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