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“As lanchas têm condições de operar, sim”

Imagem  “As lanchas têm condições de operar, sim”
A Astramab e a Capitania dos Portos garantem que a decisão judicial é infundada  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 13/01/2011, às 16h00   Maiana Brito




Fotos Edson Ruiz | Bocão News

A determinação do juiz da 6ª Vara da Fazenda Pública de Salvador, Ruy Eduardo Almeida Brito, de suspender a travessia Salvador-Mar Grande pelas lanchas, causou polêmica. Embora a decisão tenha sido decorrente de denúncia da Aceba (Associação dos Consumidores do Estado da Bahia) por falta de segurança, a Capitania dos Portos, responsável pela vistoria, garante que as embarcações estão em condições plenas de tráfego.
De acordo com o sub-oficial Garcia, da Marinha, cada barco tem um calendário individual de vistoria, que é respeitado por todos os proprietários, já que eles têm o interesse de manter a embarcação em funcionamento. Além das programadas, em caso de necessidade, são feitas revisões intermediárias. Inclusive, na semana anterior ao Natal, todas as 13 lanchas foram fiscalizadas, tanto em relação à capacidade de passageiros quanto às condições de tráfego. Segundo Garcia, todas estão dentro dos padrões de segurança.
Em caso de denúncia, a Capitania dos Portos manda técnicos ao local para avaliar a situação. Se necessário, de acordo com o presidente da Associação dos Transportes Marítimos da Bahia (Astramab), Jacinto Chagas, a embarcação sai de circulação. O período entre uma vistoria e outra vai depender do problema apresentado. Após a vistoria anual obrigatória, as lanchas recebem certificado de segurança.

Em média, no Verão, segundo dados da Associação, 10 mil pessoas atravessam para Mar Grande nas 13 lanchas que prestam o serviço no Terminal Marítimo, no Comércio. Nesta quinta-feira, segundo Chagas, oito embarcações operam, pois a demanda está pequena, mas as outras cinco também estão aptas a trafegar, se o número de passageiros aumentar.
Quem tem de atravessar para a ilha agradece. Pois, no caos em que está o sistema ferry-boat, com longas filas e atendimento sem qualidade, ficaria mais complicado fazer o trajeto. Mesmo com a assessoria de comunicação da TWB afirmando que os horários estão sendo cumpridos, os passageiros passam horas à espera do embarque e a viagem chega a 1 hora. De acordo com Mariana Ramos, assessora da concessionária, neste período, cerca de 350 mil pessoas utilizam o serviço.

Se com a frota de ferries - ao todo são oito, mas nem todos trafegam no mesmo dia – é um sufoco chegar até a ilha, devido ao grande número de pessoas, imagine o público tiver de se concentrar no Terminal de São Joaquim. Mais fila, mais espera e mais transtorno para a população. 
Segundo a TWB, quatro embarcações estão em tráfego nesta quinta-feira e estão sendo feitas viagens extras e nos horários normais.

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