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João Gilberto faz acordo milionário com Daniel Dantas

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O músico recebeu R$ 10 milhões do banqueiro  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 14/07/2013, às 14h01   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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João Gilberto se associou a Daniel Dantas, sócio do banco Opportunity, em um negócio pelo qual o músico recebeu R$ 10 milhões, conforme revelou reportagem da revista “Época”. O valor foi pago como adiantamento num acordo que prevê que Dantas terá direitos sobre quatro discos do músico lançados pela EMI, caso João Gilberto ganhe a disputa judicial que trava com a gravadora pela propriedade dos álbuns.

De acordo com o Opportunity, João Gilberto procurou Dantas para a associação. Segundo fontes próximas ao grupo, Carlos Rodenburg - que é sobrinho de João Gilberto, executivo do Opportunity e ex-cunhado de Dantas - relatou que o músico estava em “situação financeira ruim” e queria relançar sua obra após disputa judicial com a EMI. O negócio surgiu depois que o artista conseguiu em maio deste ano uma liminar que deu a ele o direito de ficar com as matrizes de suas gravações.

Pelo acordo, o Opportunity terá direito à metade da indenização que João Gilberto receber da gravadora. O caso trata das vendagens do disco “O mito”, edição de 1988, não autorizada pelo músico, que compilava seus três primeiros discos — “Chega de saudade” (1959), “O amor, o sorriso e a flor” (1960) e “João Gilberto” (1961). O valor ainda não foi determinado pela Justiça.

A P.I. Participações, criada por Dantas, cuidará da estratégia de relançamento, caso o músico garanta o direito sobre os fonogramas. Dantas poderá explorar comercialmente, além dos três álbuns gravados pelo músico no auge da bossa nova, o compacto “João Gilberto cantando as músicas do filme ‘Orfeu do Carnaval’” (1959).

Um dos advogados da EMI, Raphael Miranda, defende que a revelação do acordo entre Dantas e João Gilberto é uma confirmação da tese que a gravadora vem sustentando ao longo do processo. “O acordo mostra que a defesa de João Gilberto é completamente fora do tom. Porque o que o músico quer é pura e simplesmente vender um mesmo ativo (as matrizes de seus discos) duas vezes. Nas décadas de 1950 e 1960 ele vendeu para a EMI. Agora, quer vender de novo. A preocupação dele não é com a obra, como alega. O que ele quer é ganhar dinheiro”.



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