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Sob ameaça de traficantes, AfroReggae encerra atividades no Complexo do Alemão

Imagem Sob ameaça de traficantes, AfroReggae encerra atividades no Complexo do Alemão
Incêndio havia destruído sede da ONG na comunidade  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 21/07/2013, às 08h02   Agência Brasil


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A organização não governamental (ONG) AfroReggae decidiu hoje (20) encerrar as atividades no Complexo do Alemão, zona norte do Rio, depois de sofrer ameaças de traficantes. O anúncio foi feito menos de uma semana depois do incêndio que destruiu a sede da ONG na comunidade. A ação ocorreu terça-feira (16) e é investigada pela Polícia Civil.

O coordenador da organização, José Júnior, disse que foi informado das ameaças por um líder comunitário, que passou a mensagem do tráfico de drogas. A comunidade conta com uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Na opinião de Júnior, se o grupo decidisse permanecer os criminosos poderiam atacar a instituição com bombas, o que implicaria também riscos para os funcionários ou usuários dos projetos do AfroReggae.

“Recebemos ameaças de morte, disseram que ia matar a gente, pessoas inocentes, iam [jogar] bomba”, revelou o coordenador. “A gente não pode colocar ninguém em risco, por isso, decidimos fechar as portas”, completou. Segundo ele, depois do aviso do líder comunitário, moradores do Alemão confirmaram as ameaças dos traficantes, o que deixou a instituição sem saída.

O AfroReggae está há 12 anos no Alemão onde atendia a 350 jovens, com aulas de percussão, grafite, música e teatro, um esforço para manter jovens longe do tráfico de drogas e oferecer possibilidades de capacitação profissional e valorização.
Para a organização, o pastor Marcos Pereira, preso por estuprar fiéis, é um dos chefes do tráfico de drogas na favela e está por trás das ameaças e ataques ao AfroReggae. “Ele é um dos líderes do crime no Rio”, disse Júnior.

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